PMDB articula adiamento de convenção

Em reunião realizada há pouco no gabinete privativo do presidente do Senado, José Sarney, o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, o líder do PMDB, Renan Calheiros e Sarney tentaram chegar a um entendimento para manter a unidade do PMDB na discussão de manter ou não o apoio ao governo Lula. "Não nos interessa divisão do PMDB. Portanto, até o último momento vamos buscar uma saída para manter o partido unido", afirmou o ministro.

Segundo ele, o objetivo do encontro de hoje foi programar uma reunião na próxima quarta ou quinta-feira, da Executiva Nacional do Partido, para tentar adiar a convenção do PMDB, marcada para o dia 12, e que deve definir o apoio ou não ao governo federal. Segundo Eunício, os aliados do governo dentro do PMDB têm dois votos a mais para resolver essa questão. "Temos a maioria absoluta. E se você tem a maioria absoluta vamos tentar chegar a um entendimento para adiar a convenção", disse.

"Sabemos a responsabilidade que temos dentro do partido e por isso estamos trabalhando para essa posição de aproximar o PMDB dentro do governo federal", acrescentou. Ele disse que a questão não envolve a doação de cargos na reforma ministerial. Isso, segundo o ministro, é uma questão que compete exclusivamente ao presidente Lula resolver. "Só uma pessoa pode se manifestar sobre isso. É o presidente da República, que foi eleito com quase 40 milhões de votos para fazer aquilo que é melhor para o Brasil", disse Eunício.

Ele não quis se manifestar sobre o envolvimento de dirigent es de sua empresa, a Confederal, no esquema de licitação fraudulenta no Tribunal de Contas da União, desbaratado na semana passada pela Polícia Federal. "O que eu tinha de me manifestar já me manifestei, na nota que divulguei na quinta-feira. Não vou falar mais sobre isso. Nosso interesse aqui é trabalhar em busca da unidade do PMDB para que ninguém saia machucado do partido", afirmou o ministro.

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