Pinochet e sua obra estão mortos, diz chanceler italiano

O chanceler italiano, Massimo D’Alema, ao ser consultado sobre a morte do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, disse nesta segunda-feira (11) que "não se comenta a morte de ninguém. O que nos diferencia de Pinochet e das pessoas que pensam como ele é que nós respeitamos a vida humana, inclusive a de Pinochet". "Frente à morte não há comentários, mas em todo caso estamos contentes que o Chile soube recuperar e consolidar a democracia e o pleno respeito aos direitos humanos".

"Pinochet está morto não apenas fisicamente. Sua obra também foi sepultada", acrescentou o chanceler, e considerou que "no momento da morte de Pinochet, uma mulher que sofreu a tragédia da ditadura, da prisão e que viu seu pai morrer nesse período, agora está no comando do país", em referência à atual presidente Michelle Bachelet. "O Chile é um dos países mais avançados e fortes da América Latina, com uma classe dirigente que soube virar a página da ditadura, mesmo que a Justiça não atue de forma plena ainda hoje. Mas pelo menos o Chile encontrou o senso da sua verdade e memória histórica.

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