PFL quer que CPI vote na próxima semana convocação de Palocci

Brasília (AE) – O PFL quer que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos vote na próxima semana o requerimento de convocação do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, informou há pouco o líder da minoria no Senado, José Jorge (PFL-PE). O pedido foi apresentado, anteriormente, pelo partido, mas nunca foi votado na CPI porque os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) sempre resistiram à convocação de Palocci para evitar que a crise política atingisse a economia. Na solicitação, o PFL pede a convocação dele para esclarecer as denúncias de que funcionou na gestão na prefeitura de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo um esquema de cobrança de propina para o PT, conforme disse à comissão o advogado Rogério Buratti, ex-secretário de Governo da prefeitura. O requerimento ganhou uma nova relevância com as acusações da revista "Veja" desta semana de que a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, da qual Palocci foi um dos coordenadores, teria recebido US$ 3 milhões (R$ 6,78 milhões em valores atuais) do governo de Cuba. A reportagem da revista baseia-se em informações de Buratti e de outro ex-assessor do ministro da fazenda, o economista Vladimir Poleto. Hoje, depois de conversar com o presidente nacional do PFL, Jorge Bornhausen (SC), que está em São Paulo, Jorge apresentou à CPI um requerimento para que o advogado seja, novamente, convocado. Em 30 de agosto, a CPI havia aprovado um pedido de convocação de Poleto, mas a data do depoimento ainda não foi marcada. Ele, segundo a reportagem de "Veja", teria transportado os US$ 3 milhões, supostamente, enviados pelo governo cubano para a campanha de Lula. "Votando o requerimento de convocação de Buratti, ele e Poleto podem comparecer à CPI na quarta (09) ou quinta-feira (10) da próxima semana", disse o líder da minoria no Senado. "Aí, vamos examinar a melhor data para chamar o Palocci", acrescentou. "Não nos cabe poupar, nem acusar o ministro Palocci. Os fatos é que vão dizer do seu comprometimento com as denúncias", concluiu.

Voltar ao topo