Pesquisa mostra que renda influi na qualidade de vida da população

A renda da população tem influência na avaliação da qualidade de vida. A pesquisa divulgada hoje (26) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que Brasília permanece como a melhor percepção de qualidade local de vida para todas as faixas de renda, mas há migrações no caso de algumas regiões pesquisadas.

Para a classe A (renda familiar mensal acima de R$ 7.481,00) a avaliação de Belém (PA), por exemplo, é melhor do que para o total da população. Enquanto a capital do Pará figura no último lugar na qualidade de vida para a média da população, incluídas todas as faixas de renda, Recife (PE) passa a ocupar a pior posição no caso da classe A.

No outro extremo, na classe E (renda até R$ 300), Brasília e Belém permanecem respectivamente no primeiro e último lugar na percepção da qualidade de vida, enquanto Goiânia cai do segundo para o sexto lugar.

No que diz respeito exclusivamente à violência, a avaliação é bastante homogênea entre as classes de renda em alguns locais, mas difere em outros, como São Paulo. No Rio, para 59% da população da classe A, a percepção da violência é "boa" e para 41% dessa faixa de renda, é "ruim". Na classe C (classe média, renda entre R$ 1.041,00 e R$ 1.835,00), 60% avaliam como "boa" a situação da violência e 40% como "ruim". Na classe E, os porcentuais não se alteram muito, sendo que 62% têm avaliação "boa" e 38% "ruim".

Em São Paulo, o problema é mais acentuado na classe média. Dos investigados na classe A, 70% consideram a situação "boa" e 30% "ruim". Já na classe C, 53% consideram a situação "boa" e 47% "ruim". A maior satisfação com a violência em São Paulo está na classe E: 80% consideram "boa" a situação e 20% "ruim".

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