Pesquisa aponta que 79,6% tinham tomado conhecimento de denúncias

A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) encomendada ao Instituto Sensus e divulgada, nesta terça-feira, identificou que 79,6% dos entrevistados tinham tomado conhecimento ou ouvido falar das denúncias de corrupção do País e da instalação das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) dos Correios, dos Bingos e do "Mensalão".

Em julho, este porcentual estava em 77,1%. A parcela que não tem acompanhado o noticiário sobre corrupção foi reduzida de 20,5% em julho para 15,2% em agosto. A CNT também perguntou aos entrevistados sobre a avaliação dos trabalhos das CPIs.

Para 32,2%, a avaliação é positiva e para 29,6%, é negativa. O percentual dos que acham que a atuação das comissões parlamentares é regular é de 32,6%. Na opinião dos entrevistados 55,1% acreditam que alguns dos parlamentares envolvidos em casos de corrupção serão cassados, enquanto que 24,1% acham que nenhum terá o mandato anulado.

Apenas 15,5% crêem que todos os parlamentares envolvidos serão cassados. O diretor do Instituto Sensus Ricardo Guedes disse que o resultado da sondagem indica que, se não houver uma cassação massiva de parlamentares, haverá redução da credibilidade dos políticos.

A pesquisa também registrou que, para 49,5% dos entrevistados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia da corrupção. Em julho, esta porcentagem era de 33,6%. A percentagem dos que acham que Lula não tinha ciência foi reduzida, no mesmo período, de 45,7% para 38%.

A CNT também perguntou se os entrevistados achavam se o presidente tem agido corretamente ou não em relação às acusações. Para 45,1% dos entrevistados, Lula não tem agido corretamente, e 44,8% acham que ele atua de forma correta.

Em julho, o porcentual dos que achavam que ele agia corretamente era de 47,8%, e os que achavam que ele não agia corretamente representavam apenas 31,9% dos entrevistados.

O levantamento também registrou que, para 39,1% dos entrevistados, a corrupção está mais vinculada ao PT. O Congresso vem em segundo lugar, com 24,2%, e o presidente aparece com 13,5%. O governo é indicado por 10,7%.

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