Perícia indica que assinatura em documento é de Severino

Brasília (AE) – Perícia grafotécnica realizada pela Polícia Federal indicou que foi mesmo o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), quem assinou o documento prorrogando a concessão dos restaurantes da Câmara em favor do empresário Sebastião Buani. Mas o documento analisado é uma cópia e, por isso, o laudo não pôde ser conclusivo. É este, em síntese, o conteúdo do laudo lealizado pelo Instituto Nacional de Climinalística.

Assinado em 30 de abril de 2002, o contrato prorroga por mais três anos o direito de Buani explorar quatro restaurantes e três lanchonetes da Câmara. Buani alega que pagou propinas, num montante de mais de R$ 120 mil a Severino, pala obter o benefício. "Embora o documento tenha cunho de autenticidade e convergência de punho, o laudo não pôde ser conclusivo porque se trata de cópia", disse um perito que participou da análise.

A primeira parcela do acerto, segundo informou Buani à PF e ao Ministério Público, foi de R$ 40 mil e teria sido paga no mesmo dia da assinatura do contrato. As restantes, chamadas de ‘mensalinho’, teriam sido pagas nos meses seguintes, até novembro de 2003, no valor de cerca de R$ 10 mil cada. A denúncia destruiu a reputação do presidente da Câmara, que deve renunciar ao mandato amanhã (21). A principal evidência do suborno é um cheque de R$ 7,5 mil, pago em um mês que Buani alega ter faltado dinheiro em espécie.

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