Patrulha Escolar reinicia atividades de 2005

A Patrulha Escolar Comunitária reiniciou suas atividades nesta quarta-feira  com a perspectiva de expansão para todo o Paraná até o fim do ano. Hoje, o programa atende 492 mil alunos de seis municípios do interior, além de Curitiba e Região Metropolitana. Trabalham no projeto mais de 200 policiais, que contam com 63 viaturas. "Quem faz o balanço dos resultados alcançados são os pais, professores e os prefeitos, que manifestam total aprovação", disse o secretário-chefe da Casa Militar, major Anselmo Oliveira, coordenador do programa.

"Neste governo, mudamos a metodologia de trabalho dos policiais militares ao investirmos na Patrulha Escolar e no Projeto Povo. Hoje, somos uma instituição próxima da comunidade e as pessoas confiam no nosso trabalho. Este projeto é o orgulho da Secretaria da Segurança, porque cuida de uma parcela da população que significa o futuro do Paraná. E neste ano, pretendemos ampliar o atendimento das escolas para a maioria dos municípios do Estado", diz o secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari.

Resultados

Em março do ano passado, quando começaram as atividades da Patrulha Escolar, foram registradas pela Polícia Militar 329 ocorrências nas escolas de Curitiba e região metropolitana. Em abril, este número caiu para 283, em maio para 245 e em novembro, último mês do ano letivo, 193 ocorrências foram registradas. "Este número significa 40% de redução nas ocorrências, um resultado surpreendente. Isto justifica a satisfação de alunos, pais e professores com o trabalho da polícia do Paraná e, por este motivo, continuaremos investindo no programa", reitera o secretário.

A Patrulha Escolar foi criada com a intenção de aproximar o policial do aluno e professor, para controlar situações de perigo e violência nas escolas. "A receptividade do policial é excelente. Se antes as pessoas tinham receio de se aproximar dele, hoje o policial é rodeado de alunos e conhece a maioria pelo nome", conta a coordenadora da Patrulha Escolar pela Secretaria da Educação, Margarete Maria Lemes.

Para o policial Luiz Ricardo Velloso Ribeiro, que trabalha há sete meses no patrulhamento das escolas estaduais da região do Cajuru, a rotina de trabalho mudou. "Estávamos acostumados com um outro tipo de comportamento e trabalhar com crianças e adolescentes é muito diferente. Temos que ter muita cautela para não afastá-los do nosso convívio, para que possamos sempre estar orientando e recebendo informações importantes para o policiamento", relata.

Como funciona

A Patrulha Escolar acompanha a entrada e a saída dos estudantes. Os policiais orientam os alunos para não faltarem às aulas, além de aconselhar que venham sempre em grupos grandes, para evitar abordagens indesejadas no caminho.

São cinco etapas necessárias para concluir o projeto. Na primeira, os policiais verificam as instalações de segurança das escolas, como a altura dos muros e o controle da entrada de pessoas estranhas. Em seguida, professores, alunos, pais e policiais discutem os problemas que as escolas enfrentam e as possíveis soluções.

Na terceira fase, são colocadas em prática as soluções e, depois, começam as palestras de prevenção e resistência às drogas, à violência e outros assuntos, como o resgate da auto-estima. A etapa final é a criação de um plano de segurança individual elaborado pela própria escola, aplicando todas as informações coletadas desde o início do trabalho.

"Estamos satisfeitos com os resultados alcançados neste primeiro ano e, agora, passaremos à capacitação de mais policiais, para que esta empatia entre polícia, professores e população ocorra em outros municípios", afirma o comandante geral da Polícia Militar, David Pancotti. 

Voltar ao topo