Partidos articulam recorrer no STF contra verticalização

Antes mesmo de o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Marco Aurélio Mello, esclarecer em detalhes a mudança das regras das coligações eleitorais, um grupo de partidos já se prepara para recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), informou que seu partido vai tentar anular a decisão e conta com o apoio do PMDB, PSDB e PV

"Temos que cumprir a tarefa de pedir a reformulação da posição do TSE e de pedir sua anulação ao Supremo, independentemente das chances de o recurso ser aprovado no STF", resumiu Bornhausen nesta quarta à noite. Ele disse que não assume a responsabilidade de impor às novas regras aos Estados e faze-las cumprir "na marra" pelos correligionários, sem que o STF dê a palavra final sobre o assunto. "Aí, a responsabilidade passará a ser da Justiça, que muda as regras a quatro dias de uma convenção que vai decidir sobre candidaturas", justificou

O PFL pediu ao TSE que responda todas as consultas feitas sobre as regras das alianças até sexta-feira. Bornhausen não acredita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha qualquer responsabilidade sobre a mudança das regras agora. "O PT pode ser o beneficiário dessas mudanças, mas não creio que o Lula tenha algo a ver com elas", afirmou

O senador também duvida que o PMDB faça uma coligação formal com o PT, como queria o presidente, ou que se junte à oposição, ampliando a aliança em torno do candidato tucano a presidente, Geraldo Alckmin

Embora o PFL tenha decidido adiar sua convenção do dia 14 para o dia 21, Bornhausen explicou que não há neste adiamento qualquer sinal de que seu partido pretenda abandonar Alckmin. Para que não haja dúvida de que a aliança está de pé, Bornhausen confirmou que os pefelistas irão todos à convenção tucana em Belo Horizonte, no domingo

Segundo ele, o adiamento é apenas uma cautela, em benefício da própria aliança, já que uma convenção em clima de nervosismo e ânimos acirrados por conta das novas regras poderia suscitar manifestações prejudiciais à aliança. "É preciso acalmar para poder agir, com o controle total da situação", encerrou

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