Partidos articulam blocos de olho na Mesa da Câmara

A bancada do PT está reunida neste momento para definir a formação de um bloco parlamentar com o PMDB e outros partidos para contrapor ao bloco anunciado ontem por PSB, PCdoB, PDT, PV PMN, PHS e PSC. O super bloco que o PT pretende formar poderá chegar a 271 deputados, mais do que maioria da Casa. A idéia é que o bloco tenha além do PT e o PMDB outros partidos que apóiam a candidatura do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da Câmara: o PR (fusão do PL com o Prona), o PP e o PTB, partidos envolvidos no escândalo do mensalão.

Outra bancada que está reunida neste momento é a do PSDB, que também deverá formar um bloco com o PFL e o PPS. A formalização dos blocos tem que ser feita até o meio-dia. A intenção dos partidos é ter mais espaço na Mesa Diretora da Câmara e nas comissões temáticas. Os blocos funcionam como se fossem uma única bancada, e a escolha de cargos é de acordo com o tamanho de cada uma elas. Daí porque a corrida para a formação dos blocos

"A Câmara entrou em ritmo de carnaval antecipado, formando blocos", brincou o líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS). "Estou pronto para colocar o meu abadá. Neste ano, Salvador (Bahia) ficou em segundo lugar em número de blocos, porque o primeiro é aqui na Câmara", afirmou o deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO).

Nessa agitação, os partidos procuram garantir os melhores postos na Câmara. A mesa é composta por sete titulares e quatro suplentes e o tamanho da bancada interfere diretamente na ordem de escolha desses cargos. O líder petista, Henrique Fontana, disse que está formando bloco "em legítima defesa" e que preferia que fosse respeitado o tamanho das bancadas que saíram das urnas.

De olho nos votos do PSDB em um eventual segundo turno, na disputa pela presidência da Câmara, o PT promete garantir a primeira vice-presidência da Casa para o PSDB, mesmo que tenha preferência na escolha desse cargo. "Nossa política não é essa. Gostamos de trabalhar com a proporcionalidade. Mas poderemos ser levados a fazer isso, se não houver outra saída", afirmou Fontana.

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