Paranaguá e Antonina têm as tarifas mais baixas entre portos brasileiros

As tarifas praticadas pelos portos de Paranaguá e Antonina estão abaixo das cobradas em outros portos brasileiros. Os portos paranaenses também possuem as tarifas públicas mais baixas em comparação aos portos de São Francisco do Sul e Itajaí (SC) e Santos (SP). A constatação do levantamento da Superintendência dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) aponta ainda que o preço baixo nas tarifas faz com que os terminais públicos paranaenses se tornem mais viáveis economicamente no mercado do transporte marítimo.

Congeladas há cinco anos, as tarifas públicas dos terminais portuários, mantém os mesmos patamares, apesar do crescimento do tarifário cobrado pela iniciativa privada, situação que, segundo o chefe do Departamento de Planejamento da Appa, Daniel Lúcio de Souza, não deve ser confundida por se tratar de tarifas diferentes, cobradas por serviços distintos e que apenas integram uma gama de outros pagamentos.

?Os custos operacionais portuários que o usuário paga, seja ele importador ou exportador, são compostos por uma cesta de preços. A tarifa pública é apenas um pequeno percentual do volume de taxas à pagar?, explicou.

Daniel Souza aponta que o conjunto de taxas pagas englobam os transportes rodoviário e ferroviário, o pagamento da cooperativa de transportes autônomo, os serviços dos operadores privados, dos diversos terminais, impostos municipais, taxas de certidões de órgãos federais e associação empresarial, trabalhadores avulsos, entre outros.

Menor custo

O proprietário da agência e operadora portuária Transgolf, Feiz Taha, certifica o menor custo na tarifa cobrada em Paranaguá. ?Principalmente na movimentação de produtos do segmento da carga geral?. A opinião é compartilhada pelo gerente da Amaya Despachos Aduaneiros, Bruno Reis Maya. ?Na movimentação de algodão, as taxas são mais competitivas, mas poderiam ser ainda mais baratas com a queda da cobrança de outras tarifas que não as públicas?.

Aprovadas em 2001 pelo Ministério dos Transportes e homologadas pelo Conselho de Autoridade Portuária (CAP), as tarifas públicas dos portos de Paranaguá e Antonina, desde então, não sofreram qualquer tipo de reajuste. ?Mesmo com esse ?engessamento? de cinco anos, ainda sem receber qualquer tipo de recurso federal, e com os preços dos demais integrantes da cadeia logística livres e reajustáveis a qualquer tempo, a atual administração mantém os preços competitivos e um conjunto de obras e recordes sem precedentes?, disse Souza.

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