Insatisfação

Vigilantes patrimoniais não retomarão greve

Mesmo com a falta de acordo entre os patrões e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), os vigilantes patrimoniais não vão retomar a greve. Os proprietários das empresas não aceitaram a proposta feita pelo TRT anteontem, e agora será marcada uma nova data para julgar a questão.

Os vigilantes patrimoniais, por sua vez, já haviam concordado com a proposta do TRT. Por outro lado, os vigilantes que trabalham no transporte de valores continuam em greve. Por isso, é possível que faltem cédulas nos caixas-eletrônicos nos próximos dias. Hoje, às 10h, está marcada uma audiência no TRT para resolver o impasse.

Até anteontem, alguns vigilantes estavam trabalhando normalmente nos carros-forte, já que uma liminar da Justiça – impetrada pelos empresários – garantia que eles não poderiam ser impedidos pelos grevistas. Alguns pediram escolta da Polícia Militar (PM) para garantir a segurança, o que era previsto na liminar, segundo o TRT.

No entanto, o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região informou ontem que o governador Roberto Requião teria proibido as escoltas, informação que não foi confirmada pela assessoria da PM, Secretaria Estado da Segurança Pública (Sesp) e nem pela assessoria do Palácio das Araucárias.

Segundo Soares, as escoltas não estariam estipuladas nessa liminar. “Foi um acordo feito entre a PM e as empresas. A liminar diz apenas que os grevistas não podem obstruir as bases, mas não prevê escoltas”, afirmou Soares.

Já o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Valores do Paraná, Gerson Pires, espera um consenso, hoje, no TRT. Segundo ele, todos os carros-forte pararam porque não podem trabalhar correndo riscos.

“Recolhemos os carros por medida de segurança, pois muitos foram atacados quando trabalhavam durante a greve”, afirmou. A categoria pede a reposição da inflação, cerca de 7%, mais um aumento real de 5%. A última oferta de reposição salarial, no entanto, teria sido de 5,5%.