Parte de um barracão que era construído dentro da 15ª Circunscrição de Serviço Militar na Avenida Marechal Floriano Peixoto, no Boqueirão, ruiu sobre os operários na manhã de sábado. Dois morreram na hora e quatro ficaram feridos.
Por volta das 9h30 o estrondo foi ouvido em toda a quadra. Os seis operários que finalizavam a construção do barracão foram atingidos pelas colunas e pelo telhado. Apenas dois engenheiros que também estavam na área isolada, dentro do quartel, saíram ilesos.
João de Paula Cordeiro e Santos Capelin de Lara morreram na hora, esmagados pelo material de construção. Com a ajuda de caminhões blindados do Exército, de um trator e de equipes do Corpo de Bombeiros, os corpos foram removidos dos escombros por volta de 11h30.
Nirceu Rodrigues da Silva, 42 anos, e Roberto Kirschner, 37, foram encaminhados por socorristas do Siate ao Hospital São José. Damaceno José da Silva, 40, e Luiz Carlos da Luz Juks, 44, foram para o Hospital do Trabalhador. Os quatro feridos passam bem, segundo a equipe de socorro. Luiz é a vítima mais grave, já que sofreu uma fratura exposta.
Várias viaturas da Guarda Municipal estiveram no local, além de bombeiros e equipes da Delegacia de Homicídios e da Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi), da Prefeitura de Curitiba. Para o supervisor Aparecido, da GM, o que causou o desmoronamento foi a falta de qualidade dos produtos pré-fabricados utilizados na obra. “O material utilizado não agüentou o peso da construção. As colunas caíram e carregaram tudo o que estava em cima”, explica.
De acordo com o coronel Paulo Gilmar Marques Berguenmayer, chefe da 15ª CSM, a empresa de construção civil que executava a obra, com sede no Uberaba, foi definida através de uma licitação. O engenheiro responsável estava muito abalado e prestaria apoio às famílias.
Veja na galeria de fotos o acidente.