Vereador propõe e “kit escola” vai para comissão

Se depender do vereador Rogério Campos (PSC), o prefeito Gustavo Fruet (PDT) terá que atender à promessa de campanha de Ratinho Junior, também do PSC, seu adversário na disputa pela prefeitura. Campos apresentou projeto para distribuir o “Kit Escola”, composto por uniforme e material escolar, para as 104.200 crianças da pré-escola ao ensino fundamental da rede municipal. A proposta do vereador deve passar pelas comissões de Finanças e Legislação e Justiça da Câmara de Curitiba. Se aprovado, o projeto será discutido em plenário.

O vereador ressalta que a intenção é diminuir a desigualdade entre os estudantes. “O fato de alguma criança estar diferenciada muitas vezes leva as outras a tirar sarro. Assim ficariam todas vestidas iguais e acabaria com isso de uma não poder ter roupinha ou material bom”, diz. Segundo Campos, o kit seria composto por uniforme, jaqueta, duas camisetas, calça, mochila, lápis e borracha – “o necessário para a criança ter a mínima condição digna para ir à escola tranquila”.

Inspiração

O vereador não soube precisar os custos para a destinação dos kits, mas afirma que a prefeitura usaria os recursos destinados ao investimento na educação e a verba do governo federal para a área. Campos destaca ainda que o uso de uniforme aumentaria também a segurança dos estudantes, pois facilitaria a identificação. O parlamentar também defende que a proposta reduziria a evasão escolar. “Tem criança que não vai à escola porque não tem agasalho, não tem calçado decente. Tendo uniforme ela não vai faltar por esse motivo”, comenta.

O vereador admite que a inspiração veio da proposta do colega de partido, Ratinho Junior, nas eleições do ano passado. “Agradou-me muito no plano de governo, ainda mais por ter sentido isso na pele quando eu era menininho. Minha mãe e meu pai não tinham condições de vestir a gente igual os outros”, conta.

Proposta é avaliada

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, a proposta de Rogério Campos foi recebida e será analisada pela Coordenadoria de Estrutura Técnica, para que seja verificada a viabilidade da implantação.

A secretaria informa que o uniforme escolar não é obrigatório nas escolas municipais; e o uso é estabelecido conforme o regimento de cada instituição. Além disso, a Associação de Pais, Professores e Funcionários (APPF) auxilia os alunos que não têm condições de comprar materiais ou uniformes.

Em relação aos investimentos, a secretaria destaca que está prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2014 a destinação de R$ 939 milhões. A prioridade para esses recursos é a construção de Centros Municipais de Ensino (CMEIs), escola de período integral no Bairro Novo e a contratação de professores e educadores.

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