Vereador cobra explicação da Urbs sobre demissões

A demissão de sete agentes de trânsito do Estacionamento Regulamentado (Estar) na véspera de uma reunião para definir o acordo salarial dos funcionários da Urbanização de Curitiba (Urbs) gerou polêmica. O Sindicato dos Trabalhadores em Trânsito, Transporte e Urbanização de Curitiba (SindiUrbano) acusou a Urbs na época de tentar intimidar os servidores no tocante às negociações. Ontem, o vereador Adenival Gomes (PT) afirmou que a bancada do PT na Câmara Municipal, que é composta por seis vereadores, deve se reunir ainda esta semana, provavelmente amanhã, com a Urbs para ouvir da empresa as explicações sobre as demissões.

Adenival explicou que os trabalhadores cumpriram as obrigações de agentes de trânsito sem merecer nenhum reparo. Para ele o número de agentes é pequeno, aumentando o serviço dos agentes já contratados e inviabilizando as demissões. “A independência entre os poderes deve ser mantida. Mas o que o Legislativo cobra do Executivo é o mínimo de transparência”, alfinetou.

O presidente do SindiUrbano, Valdir Mestriner, acrescentou que o departamento jurídico do sindicato vai tentar reverter juridicamente as demissões. Ele disse que o sindicato continua negociando o acordo coletivo e, apesar da Urbs ter feito nova proposta, ainda pretende se reunir com diretores da empresa novamente, antes de levar a situação para assembléia geral da categoria.

Demitido

A intenção dos sete agentes demitidos também é buscar a reintegração pela via judicial. Valdir Palhares, de 46 anos, foi um dos agentes que perdeu o emprego após os noventa dia de serviços prestados à Urbs. Ele lembrou que largou de um outro emprego, para ganhar um pouco menos como agente, mas ter estabilidade. “Fomos demitidos sem justificativa. Nosso trabalho foi aprovado inclusive pelo supervisor da empresa”, contou, lembrando que a deficiência visual parcial que possui nunca o atrapalhou no serviço.

O diretor de Trânsito da Urbs, Lanes Rangel Prates, explicou que o ocorrido não foram demissões e sim a não incorporação aos quadros depois do período de experiência. “É um procedimento normal”, defendeu-se.

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