Apesar do destaque estadual ter sido para os estragos causados em Curitiba, o temporal que atingiu boa parte do Paraná no início dessa semana foi mais forte em Campo Mourão. Conforme dados divulgados pelo Simepar ? Sistema Meteorológico do Paraná, a frente fria que causou o temporal, entrou no Estado pela região oeste por volta das 13 horas de domingo vinda da Argentina e conseguiu romper a massa de ar quente que estava estacionada sobre o Paraná.
De acordo com o meteorologista, Cézar Gonçalves Duquia, o encontro dessas massas provocou a chuva e os fortes ventos que em Campo Mourão chegaram a alcançar a velocidade de 92 quilômetros por hora. Em Curitiba, os ventos mais fortes chegaram a 58 quilômetros por hora.
Segundo Duquia o temporal de domingo não é comum nesta época do ano e não deve ocorrer novamente nos próximos meses. O meteorologista explica que esse tipo de chuva é típico do verão e primavera. Como este ano o inverno está com característica de primavera, com temperaturas altas, o choque entre as frentes acabou causando o fenômeno atípico para época.
Uma nova frente fria que está ingressando no extremo sul do país deve chegar ao Paraná nas próximas 48 horas. Para hoje a tendência do tempo, segundo o Simepar era de haver pancadas de chuva durante a madrugada e no final da tarde. Com relação a temperatura, a partir de quinta-feira os termômetros devem marcar mínimas de 12 graus e máximas de 25 graus.
Estragos ? O vendaval em Campo Mourão derrubou árvores, destelhou casas e barracões indústrias, derrubou paredes, quase derrubou as lonas do circo “O mundo Mágico de Beto Carreiro”, que apresentava seu espetáculo na hora do temporal e causou vários outros estragos. Somente na Vila Guarujá, cerca de 170 casas foram destelhadas ou atingidas por árvores e galhos. Nem mesmo o Centro de Integração Vila Nova escapou. Uma árvore caiu sobre a escola. (As informações são do jornal Tribuna do Interior)