Vândalos destroem telefones públicos no Centro

O vandalismo traz grandes prejuízos às empresas de telefonia e dificulta a vida de quem precisa usar os telefones públicos. Dados da Brasil Telecom revelam que, em média, 30% dos estragos são provocados por vândalos. O prejuízo chega a custar R$ 120 mil ao mês.

A Rua Quinze de Novembro, no centro de Curitiba, é um dos alvos preferidos dos marginais. Deraldo Antônio da Silva trabalha na rua como engraxate e diz que é comum ouvir das pessoas reclamações sobre os orelhões. ?De vez em quando tem algum estragado?, comenta. Ele acrescentou que até já presenciou cenas de depredação. ?Na segunda-feira cheguei aqui bem de manhãzinha e uns meninos estavam arrancando o fone do aparelho.?

Fátima Lima trabalha em uma das lojas da Rua Quinze. Ela e os colegas costumam recorrer aos orelhões para ligar para casa e às vezes precisam ficar procurando um que funcione. ?Não é culpa das operadoras, as pessoas estragam os aparelhos mesmo?, diz.

Mas além de danificar o telefone, os vândalos também quebram as cabines onde eles estão instalados. Algumas sequer têm vidros e outras estão com os vidros todos rachados. Outro problema é a colagem de material de propaganda. Cada um que chega arranca o cartaz anterior e cola um novo em cima. R.L. ganha a vida fazendo este trabalho. ?Todo mundo faz. Eu também faço. Só fica feio porque tem gente que fica arrancando?, justifica. Para a usuária Sueli de Oliveira, esses cartazes deixam a cidade com aparência horrível.

Dados da Brasil Telecom mostram que, em média, os usuários de telefones públicos solicitam mensalmente 5 mil atendimentos, dos quais 30% são referentes a casos de vandalismo. Estragos em leitores de cartão, monofone e teclado chegam a 90% dos casos. Cada reparo chega a custar R$ 80,00. Para saber se um telefone está com problemas, a empresa dispõe de um sistema de informação automatizado, que funciona 24 horas por dia.

No Paraná existem 66.351 pontos telefônicos, sendo que 50% estão instalados em toda a Região Metropolitana de Curitiba. Quem detectar danos nos orelhões pode solicitar o conserto pelo número 0800-641-4104. (EW)

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