Terapia proibida

Uso de hormônios é proibido em tratamentos estéticos

As terapias antienvelhecimento, como aplicação de hormônios, doses de vitaminas antioxidantes, de procaína e de EDTA, não são mais permitidas no País. Os médicos estão proibidos de realizar estes procedimentos, sob o risco de sofrer penalidades ou até ter o registro cassado. A medida foi publicada ontem no Diário Oficial da União, na resolução aprovada pelo plenário do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Apesar de muito procurados, estes procedimentos não apresentam comprovação científica de sua eficácia para reverter o processo de envelhecimento. Pelo contrário, podem até causar problemas quando usados de maneira irregular. “Temos indicativos de aumento na glicose, pressão arterial e até o aparecimento de tumores”, explica o diretor da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rubens de Fraga Jr.

A prática foi amplamente discutida no último Congresso Brasileiro de Geriatria, quando também foi citada a situação nos Estados Unidos, onde este tipo de terapia é muito popular. Lá, os pacientes procuram o hormônio do crescimento, por exemplo, na busca por melhor aparência física e mais massa muscular. Ao mesmo tempo cresce a incidência de casos de câncer em vários órgãos.

Ideal

O presidente da Associação Médica do Paraná, João Carlos Baracho, destaca que existem outras possibilidades para evitar o envelhecimento e o aparecimento de doenças decorrentes da idade. O ideal é manter desde a juventude a dieta adequada, rica em frutas, verduras, carne magra e ainda evitando o excesso de carboidratos e doces, além de atividade física regular, que combate o excesso de peso e as doenças recorrentes do sedentarismo. “Tem que adotar estilo de vida mais saudável. A medicina antienvelhecimento vende a esperança da eterna juventude, mas é artificial”, avalia.

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