Universidade no litoral vai além da área escolar

O litoral do Estado deverá se tornar um pólo de pesquisa e extensão de diversas universidades paranaenses. Pelo menos é o que pretende o projeto Universidade no Litoral, que está sendo desenvolvido pelo governo do Estado, com o objetivo de promover a região e gerar emprego e renda para a população.

Uma comissão de trabalho – formada por reitores de universidades federais e estaduais, secretários estaduais, representantes dos municípios e Ministério Público – foi montada para estudar a viabilidade do projeto, e dentro de três meses deverá apresentar um estudo final para a implantação. De acordo com o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldair Tarcísio Rizzi, a intenção não é criar mais uma estrutura no litoral, mas, sim, aproveitar a já existente para a implantação de cursos ou extensões universitárias, dentro da realidade e vocação de cada região.

“A idéia é a presença da universidade no litoral, de forma que as instituições de ensino superior tenham condições de desenvolver projetos de pesquisa e extensão que ajudem na geração de emprego aos jovens, melhorem a renda, e, ainda, ampliem o desenvolvimento social e econômico do litoral”, disse o secretário. Em um primeiro momento, a idéia é criar espaços de estudos avançados e estender ao litoral cursos já oferecidos pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR). Mas, destacou Rizzi, nada impede que outras instituições também integrem o projeto.

Situação

O litoral do Paraná é formado pelos municípios de Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos, Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná, que juntos concentram uma população fixa de 235.840 habitantes – sendo que mais da metade (127.339 habitantes) está em Paranaguá. As principais atividades econômicas são as portuárias e, em menor grau, o turismo.

Já a população flutuante ultrapassa a um milhão de habitantes, registrada em apenas um período do ano. Para atender a essa demanda, os municípios contam com uma infra-estrutura de serviços urbanos que é intensivamente utilizada em pouco mais de dois meses, gerando grande número de postos de trabalho e renda para a população local. Em virtude da sazonalidade, tal infra-estrutura convive, no restante do ano, com um elevado grau de ociosidade, taxa de desemprego e diminuição da renda da comunidade.

O secretário Aldair Rizzi justifica que a implantação do projeto Universidade no Litoral reduzirá essa ociosidade. A intençao é fazer com que os imóveis destinados para aluguel de veranistas, além de restaurantes, prestadores de serviços, entre outros, tenham uma demanda o ano todo, preenchida por alunos, professores e pessoal de apoio das universidades.

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