Trânsito: pesquisa levanta sugestões

Uma pesquisa inédita, realizada pela Associação Brasileira de Monitoramento e Controle Eletrônico de Trânsito (Abramcet), apontou as sugestões da população para diminuir o congestionamento nos grandes centros urbanos. A pesquisa Abamcet/Synovate Brasil ouviu 1.500 pessoas entre 2 e 26 de julho em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Salvador, Porto Alegre, Curitiba e quatro cidades do interior paulista, e apontou que a maioria dos brasileiros sugere investimentos em transporte coletivo público como a principal maneira para se reduzir o trânsito.

No entanto, essa tendência da pesquisa não foi confirmada entre os entrevistados curitibanos. Enquanto nas outras cidades cerca de 70% das pessoas respondeu que a solução estaria na melhoria do transporte público, em Curitiba apenas 40% concordou com a resposta. As respostas mais repetidas pelos curitibanos foram a expansão da malha viária e investimento em educação para o trânsito, soluções indicadas por 43% dos entrevistados.

Para o diretor da Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran), Gilberto Foltran, a leitura que se faz desses dados é de que o curitibano está satisfeito com seu transporte coletivo. ?Mas apesar de a população já ter esse conceito do transporte coletivo de qualidade, temos 1,8 habitantes por veículo, o maior do Brasil. E essa nossa grande frota é que tem deixado o trânsito complicado?, lembrou. Para ele, a expansão da malha não é a principal necessidade do trânsito de Curitiba. ?Nossas vias são boas, todos os bairros têm acesso por asfalto, precisamos é desenvolver na população a cultura de utilizar o transporte coletivo?, comentou.

Outra constatação do diretor da Diretran, e que também aparece na pesquisa, é que o curitibano costuma andar sozinho no carro. Entre as pessoas ouvidas pela pesquisa em Curitiba, 23% apontou como solução o desenvolvimento de uma cultura de carona. ?Isso é perfeitamente possível, mas é questão cultural, não se faz por decreto. Precisamos de campanhas em empresas, faculdades, para que a carona torne-se um hábito?, destacou Foltran.

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