Transferência de linha férrea está na mira do IAP

O estudo e o relatório de impacto ambiental (EIA-Rima) para a transferência da linha férrea da área urbana de Curitiba para a zona rural de quatro cidades da Região Metropolitana não devem ser aprovados. A informação é do presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Rasca Rodrigues. Ele explica que a ausência da opinião dos moradores de todas as localidades no relatório é um dos fatores que vão influenciar nessa decisão. Mas o parecer final do órgão será divulgado só na próxima sexta-feira.

Rasca explica que um dos itens importantes do EIA-Rima é a opinião da população, obtida através de audiências públicas e isto não ocorreu em todas as localidades. Só a população de Araucária foi ouvida e, mesmo assim, eles não são favoráveis a mudança. Além disto, pode pesar contra a aprovação do relatório o fato que de a linha férrea está programada para cortar duas áreas de Proteção Ambiental, a do Rio Passaúna e a do Rio Verde e, também, a reserva de água do Aquífero Karst.

Se não aprovado, o relatório deverá ser devolvido à Prefeitura de Curitiba para a readequação do trabalho dentro das exigências ambientais. Rasca ressaltou ainda que apesar dos transtornos que a linha férrea representa para a cidade, como o risco de acidentes, eles precisam ter muita calma para resolver a situação. “Não adianta varrer o problema da área central de Curitiba para a Região Metropolitana e mais tarde ter que enfrentar outras dificuldades”, disse.

O contorno ferroviário está programado para passar pelas cidades de Campo Largo, Campo Magro, Almirante Tamandaré e Araucária, cortando duzentas propriedades rurais. A Prefeitura de Curitiba só vai se pronunciar sobre o caso depois que for informada oficialmente pelo IAP.

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