Torcida curitibana mostrou empolgação

No jogo de estreia da Seleção Brasileira na Copa do Mundo da África do Sul, o curitibano teve ontem uma pequena mostra do clima que deve tomar conta da capital paranaense na Copa de 2014. Opções não faltaram para quem preferiu sair de casa para assistir ao jogo.

Além de bares e restaurantes lotados, uma multidão acompanhou a partida pelo telão de LED de 364 polegadas instalado pela prefeitura, na Boca Maldita, no centro de Curitiba.

Anderson Tozato
Festa e emoção no momento do gol de Elano, o segundo do Brasil.

De acordo com estimativas da Polícia Militar, cerca de 10 mil pessoas se reuniram na Boca Maldita, onde, além do telão, a prefeitura da cidade preparou uma estrutura com dois placares laterais, no estilo das tabelas da Copa.

A enfermeira Graziele dos Santos revela que precisou trabalhar dois dias a mais na última semana para poder folgar no dia da estreia do Brasil e ver o jogo pelo telão da Rua XV. “É o máximo assistir aqui. Não dá para ficar em casa quando a bagunça está na rua”, diz.

Já a garçonete Camila Rocha conta que não precisou pedir dispensa do trabalho para assistir ao jogo porque trabalha à noite. Fanática por futebol, Camila afirma que pretende assistir aos outros jogos do Brasil no mesmo local.

“Bem melhor do que ficar em casa. Na rua a gente pode gritar e extravasar a torcida. Parece que eu estou na África”. O analista de suporte de informática, Paulo Santos, afirma que, em meio à multidão, “é possível sentir a energia da galera”.

Mineiro e morando em Curitiba há quatro anos, a trabalho, ele revela que a ideia achar companhia para torcer para a Seleção. “Como eu não tenho família aqui, para mim, foi a melhor opção. A festa está bem legal, pena que alguns extrapolam, bebem demais e os tumultos sempre acontecem”, lamenta.

Para o vendedor Ailton Pereira, de 35 anos, a vitória da seleção não pôde ser comemorada como ele gostaria. Ainda durante a transmissão do jogo, ele foi ferido na mão esquerda por um rojão.

“Tinha que ter mais segurança. É um absurdo não ter uma ambulância aqui. Deveria haver uma estrutura já prevendo incidentes”, disse. Por conta do grande contingente de torcedores, equipes da Diretran realizaram bloqueios em algumas ruas.

Mesmo assim, a Polícia Militar registrou um atropelamento por volta das 17h20, na Rua Visconde de Nácar, onde uma mulher de 30 anos ficou levemente ferida. A polícia também foi chamada para contornar um tumulto que se formou em frente a um estacionamento na Rua Doutor Carlos de Carvalho.

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