Temporal causa estragos no interior do Paraná

A frente fria que chegou na madrugada de ontem provocou chuva em todo o Paraná. A Defesa Civil Estadual contabilizou alagamento e destelhamento em alguns pontos do Estado. A região de Guarapuava foi a mais castigada. Dezoito pessoas ficaram desabrigadas e cinco alojadas na casa de parentes. Das 5h até às 13h de ontem, choveu na cidade 124,8 milímetros – a média para todo o mês de outubro é de 170 milímetros.

A frente fria chegou ao Estado pela região Oeste, onde foi registrado os ventos mais fortes. Em Entre Rios, chegaram a 81 quilômetros por hora. A Defesa Civil Estadual registrou seis pontos de alagamentos na cidade de Cascavel e o destelhamento de uma casa. Em Foz do Iguaçu e Pato Branco algumas residências também foram atingidas pelo forte vento e foram cobertas com lona. Mas ninguém ficou desabrigado. Em Maringá, os ventos derrubaram duas árvores.

No entanto, a maior concentração de chuva ocorreu na região de Guarapuava. Segundo o meteorologista do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), Tarcízio Valentin da Costa, da 0h de quarta-feira até às 13h, choveu praticante o esperado para o mês todo. A precipitação também foi quase a mesma de todo mês de setembro, quando foi registrado 126 milímetros. Na avaliação de Tarcízio, esses fenômenos são normais na primavera.

Capital

Na região de Curitiba não houve rajadas de ventos fortes (34 km/h) e a quantidade de chuva até às 13h de ontem foi de 30,4 milímetros. A média mensal da capital para o mês é de 130 milímetros. Durante a tarde de ontem, as regiões Noroeste, Norte Pioneiro e Vale da Ribeira ainda registraram chuvas fracas. Nas demais regiões houve pancadas isoladas.

Para hoje, a previsão é a ocorrência de chuvas isoladas em todo o Paraná, mas amanhã não deve haver precipitações. No entanto, o tempo volta a fechar mais uma vez no fim de semana, devido a uma nova frente fria que se aproxima.

Espuma e fedor na Lagoa Azul

Mais uma vez choveu forte e o Lago Azul, no bairro Umbará, em Curitiba, voltou a impressionar pelo volume de espuma que sai de suas águas. Há anos os moradores reclamam da poluição e do mau cheiro do local, mas o problema continua sem solução.

Segundo os moradores, há alguns anos, foram encontrados peixes e outros pequenos animais, como marrecos, patos e gansos, mortos nas margens do lago. No entanto, mesmo com a visita da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smma) e do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) na época do acidente, o problema não foi solucionado. Os moradores acreditam que o mau cheiro pode ser causado por esgoto e produtos químicos despejados na água.

A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que o problema ocorre devido ao lançamento de esgoto clandestino, principalmente da Central de Abastecimento (Ceasa). O órgão já foi autuado. Hoje, técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente vão até o local mais uma vez para investigar o problema. (EW)

Sinal verde para o plantio

A chuva que atingiu todo o Estado está sendo o sinal verde para que os agricultores comecem o plantio da soja. Algumas regiões do Estado chegaram a enfrentar 55 dias de seca. O milho era uma das poucas culturas já semeadas e que estava sofrendo com a falta de água.

A diretora em exercício do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, Gilca Andreatta, explica que no dia 10 de outubro alguns agricultores já haviam começado a semear os grãos, mas agora o plantio deve se intensificar. (EW)

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