Tempestade

Temporal causa destruição na Grande Curitiba

Os temporais ocorridos na noite de quarta-feira e na madrugada de ontem causaram 37 quedas de árvores, destelhamentos de casas, alagamentos e falta de energia elétrica em 31 bairros de Curitiba e alguns municípios da região metropolitana. Não houve vítimas.

De acordo com a Copel, 136 mil residências ficaram sem luz, sendo 94 mil em Curitiba. Durante os temporais, o Instituto Tecnológico Simepar registrou ventos de até 70 quilômetros por hora e mais de 900 raios só na região da capital.

De acordo com a meteorologista Sheila Paz, do Simepar, tempestades acompanhadas de raios são comuns nesta época do ano, especialmente à noite. O último temporal, segundo ela, foi causado pela combinação de alta temperatura e muita umidade do ar.

De hoje até segunda-feira, a previsão é de mais tempo instável, com possibilidade de chuvas intensas e trovoadas, principalmente à tarde e à noite. Hoje, as temperaturas máximas devem ultrapassar os 30 graus em praticamente todo o Estado.

Luz

Ontem, no final da tarde, mais de seis mil casas continuavam sem luz. Durante todo o dia, equipes do Corpo de Bombeiros ainda removiam árvores caídas e a Copel tentava restabelecer a energia elétrica em algumas regiões. Os locais com mais ocorrências foram os bairros Bacacheri, Cajuru e Bairro Alto, em Curitiba; Guaraituba, em Colombo; e o município de Rio Branco do Sul. A assessoria de imprensa da Copel informou que o trabalho, nesses casos, é naturalmente demorado.

A Diretoria de Trânsito (Diretran) também teve trabalho para orientar os motoristas nos vários cruzamentos que ficaram com os semáforos desligados em consequência da chuva ou devido aos consertos na rede elétrica efetuados pela Copel. No final da tarde, ainda havia pelo menos quatro pontos nessa condição, sendo um deles na Linha Verde, esquina com a Avenida Santa Bernardete.

Na Rua José de Oliveira Franco, próximo à esquina com a José Veríssimo, no Bairro Alto, o tronco de uma cerejeira caiu sobre uma residência. Segundo o proprietário, João Mantovani, só houve danos materiais, principalmente no beiral. “É uma madeira pesada.

Deu trabalho para os bombeiros tirarem”, conta. No momento da queda, não tinha ninguém na casa. “Eu estava na casa da minha filha, que fica nos fundos, e ela e minha esposa tinham saído”, relata.