Pelo fim da dupla função

Sindimoc faz ação para impedir a saída de ônibus sem cobrador

Passageiros de Curitiba e região que utilizam diariamente as linhas com micro-ônibus enfrentam problemas na manhã desta sexta-feira (06). Por conta da dupla função, já que motoristas destes veículos também cobram a passagem, o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de ônibus de Curitiba e Região (Sindimoc) faz uma mobilização para impedir a saída desses veículos das garagens.

Segundo Anderson Teixeira, presidente do Sindimoc, a sentença judicial que impede este acumulo de serviço não está sendo cumprida. “Já temos a sentença. Agora o motorista deve dirigir e o cobrador cobrar. O prazo para adaptação foi dado em 2012”, disse.

Segundo Teixeira, algumas empresas substituíram os veículos menores por ônibus maiores e com cobrador. “Não impedimos as tabelas de horários, e sim a saída dos micro-ônibus. Hoje mesmo vamos comunicar à Justiça esta situação”, ressaltou.

Em nota, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) afirmou que o motivo para a paralisação é descabido por duas razões. A primeira delas envolve o trâmite legal sobre a questão que ainda está em andamento, já que, segundo o Setransp, há um recurso em andamento.

O sindicato afirmou ainda que existe um prazo de 45 dias determinado pela Justiça do Trabalho para adaptação.

Caos

Segundo a Urbanização de Curitiba (Urbs), 158 ônibus de linhas convencionais deixaram de circular. Segundo o órgão, trata-se de um movimento ilegal, que não foi comunicado pelo sindicato da categoria com a antecedência que a lei exige.

Estão sendo tomadas todas as medidas legais cabíveis, incluindo comunicação ao Ministério Público, para que o atendimento à população seja retomado imediatamente.

Desde a madrugada, o Centro de Controle Operacional vem atuando no sentido de minimizar os transtornos causados aos usuários dessas linhas, alterando trajetos de outras linhas e acionando fiscais volantes em toda a cidade.

A Urbs tem prazo até o próximo dia 20 para apresentar uma solução que evite a chamada dupla função, estando, portanto, dentro do prazo legal, não havendo qualquer justificativa para esta paralisação que não seja a intenção deliberada de criar tumulto e desconforto para a população.