Sindicalistas reclamam de violência policial

Representantes das centrais sindicais de Curitiba que participaram das manifestações pela redução da jornada de trabalho na última quarta-feira irão cobrar explicações da Prefeitura de Curitiba e da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), quanto às confusões que marcaram os protestos. Cerca de 20 manifestantes ficaram feridos.

Os sindicalistas deverão marcar uma audiência com o prefeito Beto Richa e outra com o governador Roberto Requião, para tentar esclarecer o que aconteceu nos locais manifestações, que contaram com mais de seis mil trabalhadores.

Ontem, as centrais organizaram uma coletiva para mostrar provas do que chamaram de ?truculência da Polícia Militar do Paraná?. Além de imagens de agressões, os trabalhadores feridos também foram apresentados. 

As imagens exibidas pelos sindicatos também mostram um policial desligando o som de um caminhão usado no protesto em frente a empresa Kraft, no Contorno Sul. Os manifestantes também acusaram PMs de agredir manifestantes na empresa de ônibus Carmo, na Vila Hauer.

Dimas Moacir Braga, representante do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Curitiba, exibiu a calça que vestia quando foi atingido por uma bomba de efeito moral, supostamente arremessada pela polícia. Dimas participava do protesto em frente à empresa de ônibus, Cidade Sorriso, quando foi ferido.

Para o diretor da Força Sindical do Paraná, Nelson Silva de Souza, as agressões foram deliberadas e injustificadas. ?Avisamos toda a sociedade dos protestos e, na calada da noite, conseguem uma liminar para impedir nossa manifestação que foi pacífica?, diz o diretor.

Em conjunto com o departamento jurídico da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), a Prefeitura conseguiu uma liminar na noite de terça-feira. Segundo a própria Prefeitura, a decisão do juiz Fernando Swain Canem foi para impedir que houvesse transtornos no sistema de transporte público da capital.

Em nota divulgada ontem, a Sesp informou que o secretário Luiz Fernando Delazari solicitou acompanhamento direto do Ministério Público Estadual (MPE) no procedimento administrativo que apura possíveis abusos cometidos por PMs durante a manifestação dos sindicalistas. A nota informa ainda que, além do MPE, a direção da secretaria e o Comando Geral da PM acompanham de perto o desenrolar da investigação.

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