Servidores da Justiça fazem protesto no Estado

Servidores do Poder Judiciário do Estado do Paraná paralisaram suas atividades ontem, por meia hora, para protestar contra a falta de atendimento as sua reivindicações. Em Curitiba, o ato aconteceu em frente ao prédio do Tribunal de Justiça, no Centro Cívico, das 13h às 13h30. Munidos de faixas e tarjas pretas nos braços, os servidores reclamavam pela reposição salarial e plano de cargos e salários. Também houve manifestações em Londrina e Foz do Iguaçu.

“Nossa data-base é dia 1º de junho, mas desde que ela foi criada por lei (em 1991), nunca foi cumprida”, contou o diretor de imprensa do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Paraná (Sindijus-PR), Mário Montanha. Segundo o diretor, todas as reposições conseguidas até o momento foram através de greves. “O Tribunal nunca se dispôs a atender o que pedimos”, reclamou.

De acordo com Montanha, o último reajuste salarial (10%) foi concedido em 1995. De lá para cá, a defasagem ultrapassaria a 90%. “O reajuste deveria ser suportado pelo Poder Judiciário. Agora, com a nova administração, nossa esperança é que seja diferente, e a legislação não seja novamente jogada no lixo.”

Outras reivindicações

Além do reajuste salarial, os servidores reivindicam um plano de cargos e salários, melhores condições de trabalho e garantia dos direitos dos aposentados. “A estrutura funcional de hoje é a mesma de vinte anos atrás, enquanto a demanda aumentou muito”, disse. Problemas de estrutura como falta de computadores e papéis, além de goteiras nos fóruns também foram citados.

Há em todo o Paraná cerca de quatro mil servidores da Justiça. “Queremos elaborar nova lei para a Justiça, discutir com a sociedade, ver as necessidades do Poder Judiciário”, comentou. Há cerca de dez dias, o Sindijus-PR protocolou pauta de reivindicações no Tribunal de Justiça “Estamos aguardando resposta para uma audiência”, comentou Montanha.

Segundo ele, não está descartada a possibilidade de deflagração de greve a partir do segundo semestre, caso a categoria não seja atendida. A paralisação mais longa dos últimos anos aconteceu em 1993, quando o Poder Judiciário parou por quase cinqüenta dias.

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