Servidores ameaçam greve na RMC

Servidores municipais da educação de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado a partir do final da próxima semana. Ontem, eles realizaram uma série de protestos com o objetivo de chamar a atenção da Prefeitura para suas reinvindicações.

No período da manhã, os professores deram aulas até as 10h. Após esse horário, ficaram concentrados nas vinte escolas e cinco creches municipais. À tarde, as aulas aconteceram até as 15h, quando os trabalhadores foram para a frente do prédio da prefeitura. ?No ano passado iniciamos negociações salariais com a prefeitura, mas não tivemos avanços. Queremos reajuste de 20%, correspondente a perdas acumuladas desde o ano 2001?, comenta a vice-presidente da Associação de Servidores da Educação de Fazenda Rio Grande (Assmef), Ivani de Oliveira Ferreira.

Os servidores também estão indignados com um projeto, aprovado há quinze dias pela Câmara Municipal, que concede gratificações de 40%, 60% e 90% a pessoas com cargos de chefia de divisão, setor ou sessão de todas as áreas do serviço público municipal. ?Se os vereadores podem conceder a gratificação aos chefes, por que a Prefeitura não pode fornecer nosso reajuste??, questiona Ivani.

Manifestações semelhantes às de ontem também serão realizadas no início da próxima semana. Na terça-feira, os funcionários da educação vão se reunir em assembléia para decidir sobre a deflagração ou não de greve geral.

Prefeitura

A Prefeitura de Fazenda Rio Grande informou ontem que vem, ao longo dos anos, atendendo a diversas reivindicações dos servidores da educação. De acordo com o prefeito em exercício, Saul Carelli, o salário dos trabalhadores por 20 horas semanais, que era de R$ 237,60 em 2001, hoje é de R$ 530,10 e não R$ 465,00 como informado pela Assmef. ?Quanto ao reajuste de 20%, precisamos analisar se nosso orçamento comporta?, declara. 

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