Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam na manhã desta segunda-feira (5) a fachada do prédio da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no centro de Curitiba. Segundo a assessoria do MST, cerca de 300 manifestantes fecharam a Rua Dr. Faivre, entre a Aveninda Sete de Setembro e a Avenida Visconde de Guarapuava, deixando o trânsito lento na região da capital.
A manifestação teria o objetivo de cobrar solução de antigas promessas de estruturação do assentamento Celso Furtado, em Quedas do Iguaçu, na região central do Paraná. Os assentados exigem do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) a licença ambiental do assentamento, para execução imediata do plano de manejo acordado entre o Incra e Ministério Publico Federal. Com a falta do plano de manejo, muitas famílias com lotes em área de reflorestamento de pínus estariam sem a possibilidade de produzir alimentos para o autoconsumo.
Os trabalhadores também cobram do Incra urgência na aquisição de áreas para assentar as famílias excedentes do Assentamento Celso Furtado e o assentamento imediato dos Sem Terra acampados nas fazendas: Rio Grande, no município de Quedas do Iguaçu e Solidor, em Espigão Alto do Iguaçu.
De acordo com a assessoria de imprensa do Incra, a superintentente regional do Incra no Paraná, Cláudia Sonda, se reúne na tarde de hoje com uma comissão para tratar do assunto. Uma posição oficial do órgão quanto às reivindicações do movivmento deve sair ainda hoje.
Além, dos sem terra acampados em frente ao Incra, em Curitiba, outros 300 assentados continuam acampados em frente a prefeitura de Quedas do Iguaçu, e prometem manter o protesto por tempo indeterminado, até que a situação seja resolvida.
Desde da semana passada, mil assentados estão acampados em frente à prefeitura de Quedas do Iguaçu, exigindo autorização do IAP para iniciar a recuperação e abertura de estradas no assentamento. A má qualidade das estradas tem dificultado o transporte das crianças para a escola.