Sem negociação, operários da construção podem parar

Trabalhadores e empresários da construção civil se preparam para nova rodada de negociações amanhã, às 14h, na sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR). Ao que tudo indica, a quinta reunião para discutir as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) não deve encerrar as negociações porque os dois lados se mostram bem distantes no que envolve os reajustes e as propostas apresentadas até agora. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (Sintracon-PR), caso não haja avanço, possivelmente a assembleia que ocorrerá às 18h de amanhã deverá aprovar o indicativo de greve.

“A convenção deveria ter sido fechada no mês passado, mas a má vontade dos empresários em debater é muito grande, eles não avaliaram a proposta que entregamos. Na última reunião, chegaram a sugerir a flexibilização dos benefícios conquistados, o que foi encarado como ofensa”, apontou o presidente do Sintracon, Domingos Oliveira Davide. Já o vice-presidente da área de políticas e relações do trabalho do Sinduscon-PR, Armando Bosco Martins Ribeiro, não confirma a tentativa de retirada dos benefícios como o vale-compras no valor de R$ 205.

Xeque

O percentual de reajuste salarial também põe em xeque a capacidade dos dois lados da questão. Segundo o Sinduscon-PR, a mão-de-obra representa 54% do total usado para formação do Custo Unitário Básico do Paraná (CUB), índice para determinar os valores dos imóveis. A reposição inflacionária seria de 4,86%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses. Para o Sintracon-PR, para ser reajuste o valor deve superar a inflação e compatível aos ganhos da indústria que, de acordo com os cálculos do sindicato, viabilizaria reajuste de 37% nos salários pagos pelo setor.

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