Secretário tenta baixar custos do Contorno Norte

O polêmico trecho do Contorno Norte de Curitiba entre a Avenida Manoel Ribas e a Rodovia dos Minérios pode finalmente ser concretizado. Ontem de manhã, o secretário estadual de Transportes, Waldyr Pugliesi, esteve reunido com representantes da empreiteira Ivaí ? empresa que venceu a licitação para executar as obras ? e pediu que os custos fossem revistos. “Houve uma determinação do governador Roberto Requião de renegociar os contratos. É isso o que estamos fazendo”, disse o secretário. Segundo ele, a atual diretoria já conseguiu reduzir em 30% a tabela de custos. A empreiteira deve refazer os cálculos e voltar a se reunir com o secretário na semana que vem.

Na quinta-feira, uma comissão formada por moradores do bairro Santa Felicidade e de Almirante Tamandaré estiveram reunidos com o secretário para pedir providências e agilidade nas obras. Segundo o secretário, existem problemas de ordem ambiental – o IAP vem exigindo a construção de lagoas de contenção -, além de desapropriações e a questão orçamentária. “Viabilizamos os recursos para a retomada das obras”, anunciou Pugliesi, sem detalhar valores. A obra está estimada em mais de R$ 5 milhões.

Obras

Segundo o secretário, faltam dois trechos do lote 2 para ser concluídos: um de 670 metros, próximo à Avenida Manoel Ribas, e outro de 1.440 metros, próximo à Rodovia dos Minérios. “Deveria haver asfaltamento dos dois trechos, mas o lote 2 não ficará completo se não executarmos as alças em torno da Rodovia dos Minérios. Em relação às alças, estamos fazendo um novo projeto para ver se a gente consegue um bom resultado por um preço menor que o estimado”, falou o secretário. Dos 8,7 km do lote, ainda faltam quase 5 km para ser feitos ? cerca de 2,1 km, referentes aos dois trechos que precisam ser asfaltados, e cerca de 3 km das alças.

“O próprio governador quer solucionar o problema e já deu ordens expressas para que nós da secretaria e do DER trabalhássemos nesse sentido”, afirmou. “Os moradores da região estão sofrendo e esperam que o governo Requião possa dar esse presente de Natal.”

O secretário falou ainda sobre o convênio firmado entre o Estado e a Prefeitura de Curitiba quando o trecho começou a ser construído. “Ficou acertado que o Estado entraria com 50% e o município com outros 50%, mas a Prefeitura de Curitiba não repassou os R$ 7 milhões que está devendo”, afirmou. “Se repassasse, seria o suficiente para a gente fazer uma bela obra, contemplando tudo aquilo que é exigido.”

Prefeitura

De acordo com o procurador-geral do município, Maurício Sá de Ferrante, o convênio foi de fato firmado em meados de 1999, mas expirou em 2002. Mesmo assim, disse que está em negociação com o Estado para estudar a possibilidade de celebrar um novo convênio. “O município não nega a existência do convênio, mas não há como fazer o repasse se ele não está mais em vigor”, explicou. Segundo ele, como era para a obra ter sido concluída até 2002, o valor não entrou na previsão orçamentária de 2003. “Não existe polêmica alguma com o governo do Estado sobre esta questão: só estamos tratando de questões legais e burocráticas”, afirmou.

Segundo ele, o convênio firmado previa o repasse de R$ 5 milhões pelo governo do Estado e R$ 5 milhões pela Prefeitura, que repassou R$ 900 mil até agora.

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