Sarandi em alerta com focos do Aedes aegypti

A cidade de Sarandi, norte do Estado, está em alerta. No monitoramento realizado mês passado foi encontrado focos do mosquito transmissor da dengue em 4,19% das casas – o índice tolerável pelo Programa Nacional de Controle da Dengue é de 1%. Em dois bairros onde o índice ultrapassava 7%, os agentes de saúde fizeram arrastões para eliminar possíveis criadouros de larvas do Aedes aegypti. Este ano, dos 296 casos notificados, 124 foram confirmados na cidade. No ano passado não foi registrado qualquer caso da doença.

Em todo o Estado este ano foram confirmados 913 casos da doença, sendo que o último ocorreu em agosto, em Marechal Cândido Rondon. As cidades que mais apresentaram o problema são Foz do Iguaçu, Paranavaí, Maringá e Sarandi. Nelas, a quantidade de doentes passam de cem.

Em Sarandi, nos últimos 30 dias, ocorreram mais seis notificações, mas os exames que confirmam a doença ainda não ficaram prontos. A possibilidade de que sejam positivos é grande. No último monitoramento foi constatado que a quantidade de focos do mosquito estava acima do tolerável. Em alguns bairros a situação é mais preocupante. No Distrito Vale Azul o índice ficou em 14,52% e no quilômetro 115 da BR-369, 7,14%.

Segundo a coordenadora municipal da Equipe Educativa de Combate à Dengue, Maria Aparecida Pompanin, 36 agentes de saúde já percorreram esses dois bairros recolhendo entulhos que possam acumular água. Nos demais está sendo feito trabalho de conscientização. Ao todo, na cidade, trabalham 50 agentes. O município possui 34 mil imóveis.

Para Maria Aparecida, a grande quantidade de casos registrados este ano deve-se ao fato de que a população se descuidou. Em 2002, em Sarandi houve uma epidemia com a confirmação de 861 casos. Mas desde então, devido ao trabalho intenso de orientação, os números caíram e no passado ninguém ficou doente. ?As pessoas acharam que não tinha mais perigo. Mas os ovos podem esperar pela água até um ano?, afirma Maria Aparecida.

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