Santa Casa de Curitiba completa 130 anos

Como toda Santa Casa, a de Curitiba não está livre de enfrentar problemas financeiros que geram dificuldades em sua manutenção. Porém, apesar de todos os obstáculos, o hospital sobrevive e, hoje, completa 130 anos de fundação, caracterizando-se como o mais antigo em funcionamento do Paraná.

Em comemoração, uma missa será realizada, ao meio-dia, na Catedral Basílica, e orientações de saúde serão fornecidas gratuitamente à população, na Praça Rui Barbosa.

“As dificuldades enfrentadas são grandes, mas mesmo assim a Santa Casa é referência em áreas como transplante de coração e cirurgia bariátrica (de redução de estômago). Atualmente, é um hospital com foco cirúrgico, que atende casos de alta complexidade”, comenta o diretor-geral do hospital, Flaviano Feu Ventorim.

Além de coração, a Santa Casa também realiza transplantes hepático, renal, de pâncreas, córneas e válvulas cardíacas. Outro foco é a pesquisa clínica e o ensino, realizado através de uma parceria com a Associação Paranaense de Cultura, mantenedora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

“A parceria com a associação existe desde 1999, quando a Santa Casa passava por um momento bastante delicado e estava prestes a fechar suas portas. Hoje, realizam atividades no hospital novecentos estudantes (de áreas como Medicina, Fisioterapia e Nutrição) e duzentos residentes e especializandos”.

A Associação também dá suporte financeiro ao hospital, que como outros do mesmo tipo não conseguem sobreviver apenas com verbas do Sistema Único de Saúde (SUS).

“O SUS remunera, em média, apenas 60% do custo de cada procedimento. Por isso, para conseguir o equilíbrio, atendemos pacientes particulares e convênios, fechamos parcerias com empresas (principalmente para projetos de restauro pela Lei Rouanet), contamos com doações da comunidade e recursos governamentais”.

Para este ano, está prevista a construção de uma nova sala no centro cirúrgico e reforma das nove salas já existentes, o que deve custar R$ 800 mil. Além disso, devem ser investidos R$ 4 milhões na compra de equipamentos.