Apesar do clima nublado, com uma insistente garoa e baixas temperaturas desde segunda-feira, as chuvas significativas têm passado longe do Paraná. Mesmo assim, a Sanepar vem garantindo a interrupção no rodízio do racionamento de água em Curitiba e Região Metropolitana. Isso só está sendo possível porque as comportas das barragens do Iraí e Piraquara continuam fechadas e o abastecimento de água de Curitiba e região vem sendo feito, há pouco mais de um mês, com a água disponível na chamada bacia incremental, formada por cavas e rios situados abaixo das barragens. Ontem, Iraí e Piraquara juntas tinham 30% da capacidade total disponível. Iraí estava a 3,17 metros abaixo do nível e Piraquara a 5,9 m.
Segundo o meteorologista do Instituto Tecnológico Simepar, Samuel Brauer, a explicação da disponibilidade de água ainda não ter se esgotado está diretamente ligada à irregularidade das chuvas neste mês. ?Às vezes, a estação de medição está onde chove menos. E o sistema de captação de água da Sanepar é amplo, de modo que chuvas em toda a região de Curitiba podem amenizar o sistema?, explica.
No sistema de medição de índice pluviométrico de Curitiba, do dia 1.º até ontem, choveu 39 milímetros (mm). O recorde foi no dia 1.º, com um volume de 15 mm. ?Está chovendo, mesmo que em pequenas quantidades, de quatro em quatro dias. Isso certamente alivia um pouco o sistema de abastecimento.? Na região metropolitana, de modo mais específico, em Pinhais, o volume de chuva até agora é de 52 mm, com a máxima de 25 mm no feriado do dia 12.