No último fim de semana foi publicado o edital da concorrência pública aberta pela Sanepar para a ampliação do sistema de coleta de esgoto sanitário de Campo Mourão. Com a execução das obras, mais 6.800 mourãoenses que residem em catorze bairros e no centro da cidade – passarão a dispor do serviço de saneamento. Em breve deve ser realizada mais uma concorrência pública para estender o serviço a outros 6 mil habitantes, residentes em 13 bairros.
A concorrência em andamento é para a implantação de mais 37.500 metros lineares de rede de esgoto, com a execução de 1.700 ligações prediais. Foi fixado em R$ 1.953.050,22 o preço máximo admitido e as empresas interessadas em executar a ampliação têm até o dia 12 de janeiro para protocolar suas propostas. A abertura será no dia seguinte, às 10h. Na execução da melhoria, que deverá estar concluída no final do próximo ano, deverão ser gerados cerca de 40 empregos diretos e 60 indiretos.
Serão beneficiados os moradores dos bairros Jardim Paraíso do Campo, Ione, Conrado, Curitiba, São Pedro, São Sebastião, Constantino, Copacabana, Ana Elisa, Alvorada, Santa Nilce I e II, Urupês e parte do centro da cidade. O prefeito Tauillo Tezelli (PPS) participou em agosto da solenidade de assinatura das parcerias para a execução do empreendimento que contribuirá para a melhoria da qualidade de vida em Campo Mourão.
Nova etapa
A segunda etapa da ampliação do sistema de coleta de esgoto sanitário de Campo Mourão será executada com recursos do programa Paraná Urbano II e deverão ser investidos mais R$ 1.600.214,38. Serão construídos mais 30.193 metros de rede coletora, com a implantação de 1.500 ligações prediais. A previsão é de que as obras gerem trinta empregos diretos e cinqüenta indiretos.
Com as duas ampliações, Campo Mourão passará a contar com mais 67,6 km de rede coletora de esgoto sanitário e 3.200 novas ligações prediais. O investimento total deverá girar em torno de R$ 3,55 milhões e mais 12.800 mourãoenses passarão a ser atendidos pelo serviço de saneamento. Vinte e três bairros serão beneficiados no total. A cidade já conta com duas estações de tratamento de esgoto dimensionadas para atender a 100% da população.
Em 1997, o sistema de coleta de esgoto sanitário atendia apenas 35% da área urbana de Campo Mourão.
Posteriormente foram construídos 46,3 km de rede coletora e 5.200 metros de rede de maior porte, além da implantação de estação elevatória e da execução de outros serviços. Também foram colocados em funcionamento mais 4.700 metros de rede que estavam desativadas e na estação de tratamento localizada próximo ao Jardim Tropical II foi construída uma lagoa de tratamento de polimento, com 16.039 metros quadrados. A estação já contava com desarenador ciclônico, RALF convencional e leitos de secagem.
Com a expansão da rede coletora foram atendidas áreas do centro da cidade que ainda não contavam com o serviço e mais dez bairros. Atualmente o serviço já atende a cerca de 55% da área urbana e as novas ampliações estenderam o serviço a cerca de 80% da cidade.
Empresa combate mexilhão
A Sanepar tem um grande desafio em Ponta Grossa: evitar que o mexilhão dourado contamine a represa de Alagados, principal manancial de abastecimento público da cidade. Junto com outras instituições, a empresa promoveu no último sábado um mutirão para conscientizar as pessoas sobre a responsabilidade de cada usuário da barragem em contribuir para que o molusco não se prolifere.
Do mutirão participaram trinta voluntários, que distribuíram panfletos explicativos aos 150 moradores da Vila Ernestina, veranistas, freqüentadores do camping, donos de imóveis no entorno do Alagados, proprietários de botes, barcos e jet skis. A atividade foi estendida até Carambeí. “Uma das medidas preventivas é fazer a limpeza das embarcações que freqüentam outros locais e depois vêm para o Alagados. As pessoas mostraram-se preocupadas e elogiaram a iniciativa das instituições em levar as informações para a comunidade”, explica Marcos Passos, funcionário da Sanepar, que coordenou as ações do mutirão.
O mexilhão dourado é um molusco que se agrega na rede de captação de água. Ele cresce rapidamente e pode entupir a tubulação, obrigando a Sanepar a ter que paralisar a produção de água tratada para fazer a limpeza dos canos. Apesar dos transtornos, o mexilhão dourado não representa riscos à saúde humana.