A Prefeitura de Curitiba lança hoje, pela segunda vez, o edital para o estudo do projeto do metrô. Na primeira vez, em julho, nenhuma das 44 empresas que compraram o edital quis participar da licitação para iniciar o estudo (em setembro). Algumas mudanças foram feitas no novo documento para tentar atender as dúvidas das empresas, como a linguagem mais clara do projeto de topografia e sondagem do terreno, a inclusão de um estudo de impacto ambiental – que antes estava sendo desenvolvido fora do edital -, além de uma pesquisa com a população sobre embarque e desembarque – cuja empresa já foi definida em outra licitação.
De acordo com o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Augusto Canto Neto, não houve motivo específico para que nenhuma das empresas aceitasse participar da licitação. ?Alguns disseram que não entenderam, outros que não tiveram tempo de analisar. Então sentamos novamente, reformulamos a linguagem e acrescentamos algumas coisas?, explicou. O estudo da topografia e a sondagem do terreno, explica Canto Neto, é realizado, principalmente, para saber o tipo de material em grandes profundidades, necessárias para o metrô. O material deve se adaptar ao túnel e ao metrô.
Outra mudança é a pesquisa com a população, que deverá começar em março. O estudo irá dimensionar os locais das estações-tubo e a quantidade de pessoas que poderá circular em cada uma delas. A idéia é que o metrô tenha 22 quilômetros de extensão, dos quais 19 serão subterrâneos, ligando a cidade de norte a sul. O custo da obra será de cerca de R$ 2 bilhões.