Rússia suspende embargo às importações de carnes pelo porto de Antonina

As autoridades russas acabam de suspender as restrições que não permitiam o embarque de carnes destinadas ao mercado da Rússia pelo porto de Antonina. As restrições estavam em vigor há dois anos quando o Paraná declarou a suspeita da existência de focos de febre aftosa no Estado. Desde então os embarques de carnes para a Rússia só poderiam ser feitos em contêineres fechados, operação viável somente para grandes empresas e mesmo assim com custo operacional elevado. Além disso, a medida colocava em risco os empregos criados no porto.

A suspensão das restrições foi comunicada nesta sexta-feira (19), por telefone, ao secretário nacional de Defesa Agropecuária, Inácio Afonso Kroetz, que está na Alemanha em negociações em torno das exportações de carnes brasileiras para a União Européia (EU). O porto de Antonina era o principal exportador de carne paranaense para a Rússia.

Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, essa decisão representa mais um passo do Paraná no restabelecimento da normalidade das exportações de carnes do Paraná para a Europa. ?A iniciativa da Rússia significa o reconhecimento de que o serviço de controle sanitário animal exercido no Estado está sendo levado a sério?, disse.

Segundo Bianchini, o resultado da visita da comissária da UE Marianne Fischer Böel ao Paraná, na região dos Campos Gerais na quinta-feira (18) já sinaliza um indicativo da flexibilização do organismo internacional em relação às importações de carnes paranaenses. Ela verificou in loco os avanços do controle sanitário animal que vem ocorrendo no Estado.

De acordo com Silma Bürer, diretor do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária da Secretaria, o Governo do Estado assumiu despesas no valor de R$ 14 milhões anuais somente para a Defesa Sanitária Animal. São cerca de R$ 1,2 milhão a R$ 1,3 milhão mensais investidos em despesas com salários de técnicos, combustíveis, manutenção de frota, insumos e equipamentos para laboratórios. Além desses recursos, o governo federal está repassando ao Estado mais R$ 5 milhões este ano para reforçar os investimentos totalizando R$ 22 milhões aplicados em controle sanitário animal.

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