Rótulos são um enigma para muita gente

As informações nutricionais contidas nos rótulos dos produtos industrializados acabam influenciando o consumidor na hora da compra. Foi o que revelou uma pesquisa feita por alunos do curso de Nutrição, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, campus Maringá. Porém dos 65% de consumidores que observam o rótulo antes de comprar, a maioria admite que não sabe avaliar os dados contidos na embalagem.

A pesquisa foi realizada no final do ano passado, quando foram ouvidos 356 consumidores de Maringá e região. De acordo com a diretora do curso de Nutrição da PUC/Maringá, Caroline Filla Rosaneli, a intenção do trabalho foi mostrar que o rótulo não consegue abranger as informações nutricionais que a população procura "assim como essa população não sabe utilizar as informações para o seu benefício".

O levantamento apontou que cerca de 78% das mulheres observam o rótulo dos produtos. Das mulheres entrevistadas, 39% afirmam analisar as porções contidas nos rótulos, e outras 30% dizem que esse tipo de informação não tem utilidade. Da mesma clientela, 67% admite que é influenciada pelo rótulo na hora da compra, e 43% deixa de consumir por não conseguir analisar os dados.

Já entre os homens, 53% admitiram que não deixam de consumir um produto, mesmo sem entender as informações. Mas, para a diretora da PUC, a grande surpresa foi descobrir que 65% dos consumidores não sabem onde buscar informações sobre o que é rotulagem nutricional e o que ela representa.

Caroline Rosaneli explica que essa exigência surgiu há cerca de sete anos, quando o Ministério da Saúde observou um crescimento no consumo de produtos industrializados e aumento dos casos de obesidade. Ainda neste semestre uma nova pesquisa envolvendo produtos e consumidores das linhas ligt e diet será feita em Curitiba e Maringá.

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