Revitalização do centro de Curitiba é discutida

A revitalização e o aumento da densidade populacional do centro de Curitiba foram discutidos durante o 2.º Seminário Habitacional do Centro Vivo, proposto pela Associação Comercial do Paraná. A partir de ontem, os participantes do projeto passaram a analisar a viabilidade de propostas apresentadas para alcançar os objetivos do seminário, cuja primeira edição fez uma levantamento dos problemas do centro. Nesta etapa, também serão procurados parceiros para colocar as idéias em prática.

Um dos assuntos mais discutidos é o decréscimo populacional que vem acontecendo nos últimos anos nesta região da cidade. Estima-se que em 2010 apenas 24 mil pessoas residam no centro. Atualmente, este número é de 36 mil moradores. O crescimento de Curitiba gira em torno de 1,83%, enquanto o centro da cidade tem uma perda de 2,33% de sua população. ?Uma grande energia está sendo direcionada para o processo habitacional misto. Haverá incentivo para transformar em unidades habitacionais imóveis que hoje estão abandonados ou com uma baixa ocupação. Está programada também a recuperação destes imóveis e a construção de novas edificações?, conta Jorge Biancamano, coordenador do Seminário Habitacional.

Um dos objetivos também é trazer mais jovens para morar no centro da cidade. Hoje, a maior parte da população desta área é composta por pessoas com mais de 50 anos. Além delas, há uma parcela flutuante de estudantes que moram provisoriamente no centro. ?Precisamos também trazer mais famílias, que vão incentivar o comércio e também o investimento por parte do poder público?, argumenta Biancamano.

Quanto à segurança, ele conta que está sendo estudado um plano de atuação em conjunto com a Polícia Militar, Polícia Civil e Secretaria Municipal de Defesa Social, com maior policiamento, integração com a comunidade e ação social. Além disso, há intenção de mudar o estilo de calçada existente no centro. O atual, de petit pavê, é de difícil conservação e cria dificuldades de locomoção para a população mais velha. ?Estamos trabalhando para propor qual é o melhor modelo e ainda aumentar o acesso dos deficientes, inclusive nas lojas?, explica Biancamano.

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