Resolvido impasse entre moradores e Cohab

Foi decidido na tarde de ontem o impasse entre os moradores da Vila Zimbros, na Cidade Industrial, em Curitiba, e a Companhia de Habitação Popular (Cohab), que envolvia a disputa de um terreno de 1.191 metros quadrados. Uma comissão formada por oito integrantes da associação de moradores do local participou de uma reunião com a presidente da Cohab, Tereza Elvira Gomes, com representantes da Secretaria de Educação, na sede da Cohab, para dar um fim nas manifestações e trocas de acusações entre as entidades nos últimos dias.

De acordo com Senivaldo Pereira Santana, da Associação de Moradores do local, a proposta apresentada pela Cohab foi aceita. A Cohab vai deixar as três casas que já começaram a ser construídas e a metade do terreno será utilizado para a ampliação da creche, para atender mais setenta crianças. A unidade de saúde será construída em outro terreno.

“A reunião foi convocada pela presidente da Cohab logo após mais um protesto realizado ontem pela manhã pelos moradores em frente ao terreno que estava sendo utilizado para assentar oito famílias. Cerca de cem pessoas queimaram pneus e fizeram uma pequena manifestação em frente ao terreno. A Guarda Municipal foi chamada para prevenir algum confronto entre os moradores e os pedreiros que trabalhavam no local. Oito carros ficaram posicionados na vila para evitar qualquer problema”, diz Senivaldo.

Com o protesto, um representante da regional da Cohab de Santa Felicidade, próximo ao local, marcou uma reunião com a presidente da Cohab para por um fim na situação.

Os moradores da Vila Zimbros alegavam que o terreno seria utilizado para a construção de uma unidade de saúde e para a ampliação da creche Ilha Bela, que não atende toda a demanda da comunidade. Os protestos dos moradores começaram na segunda-feira, através de reclamações sobre a presença de pedreiros que já estavam construindo no terreno seguindo uma orientação da Cohab. As casas estavam sendo feitas para oito famílias que foram removidas da margem do Rio Barigui.

O presidente do Conselho Local de Saúde, Antônio Carlos Alves Lourenço, explicou a situação complicada em que a comunidade se encontrava. “A região é bastante carente no atendimento à saúde e ao ensino infantil. O posto de saúde que já existe na região foi construído para atender de 3 mil a 8 mil usuários. Atualmente já são 18 mil cadastrados. Com a construção de uma nova unidade, toda a comunidade vai poder ser atendida, sem maiores complicações”, alerta Antônio.

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