Relatórios oficiais sobre criminalidade no Estado são duvidosos

Os números de homicídios divulgados anteontem pela Secretaria da Segurança Pública, referente ao segundo trimestre do ano, podem não refletir a realidade. O levantamento mostra apenas os números de inquéritos policiais que investigam homicídios. O processamento desconsidera que, num único inquérito, pode haver mais de uma vítima.

A imprensa não tem como questionar se os dados divulgados pela Sesp são verdadeiros. O Instituto Médico-Legal (IML), que costumava divulgar todas as vítimas de mortes violentas ou duvidosas, após a intervenção, em março, passou a dar informações insuficientes.

Os relatórios descreviam com detalhes, entre outros dados, o tipo de morte (afogamento, acidente de trânsito, ferimento por arma branca ou de fogo, envenenamento, entre outras dezenas de modalidades). Agora, muitas das vítimas de homicídios, principalmente os cadáveres vindos de hospitais, vêm descritos apenas como “morte a apurar”, o que dificulta saber detalhes.

Dados

No relatório de abril, maio e junho de 2008, a secretaria registrou instauração de 323 inquéritos de homicídios em Curitiba e região metropolitana, uma média de 3,5 por dia. Considerando todo o semestre (694), o número de homicídios cresceu 17% em relação ao mesmo período do ano passado (592). Não são especificadas morte) e em confrontos com a polícia, que vêm ligeiramente crescendo com o passar dos meses.

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