A internação compulsória de dependentes químicos é feita por determinação judicial ou imposição da família. Assunto delicado que vem sendo tratado em uma das novelas da Globo, onde a filha de um alcoólico se recusa a interná-lo contra sua vontade, entrando em conflito com seus familiares. A clínica curitibana Nova Esperança defende a idéia de que o insucesso desse tipo de internação é um mito. O diretor clínico da instituição, Luiz Antônio Marques de Mendonça, diz que dependentes por vezes não aceitam a internação por não conseguirem avaliar suas situações.
?Um dependente químico vai se deteriorando mentalmente até o ponto que não tem mais condições de fazer escolhas. O uso de drogas representa risco de morte, mas as tragédias podem ser evitadas por uma ação firme e forte da família?, afirma.
Para o médico, podem aparecer dúvidas em relação ao sucesso do tratamento, já que existe a idéia de que a cura depende muito da iniciativa e aceitação do problema pelo paciente, mas ele afirma que o desejo em deixar o vício pode ser incentivado nas clínicas de recuperação. ?Depois de internado, o paciente passa a ter contato com a equipe terapêutica e com outras pessoas em situações semelhantes, passando a entender melhor a extensão de seus problemas e percebendo o efeito negativo das drogas em sua vida.?