Recall traz à tona perigo de brinquedos

Os defeitos detectados em alguns produtos da Mattel, uma das maiores fabricantes de brinquedos do mundo, reavivaram a discussão sobre a segurança desses itens. Na última terça-feira, a empresa anunciou o recall de 21,8 milhões de brinquedos. O motivo foi a presença de itens que ofereciam riscos às crianças, como o ímã em uma das roupinhas da famosa boneca Polly. No ano passado, nos Estados Unidos, duas crianças ingeriram os ímãs e tiveram os intestinos perfurados. Personagens da Vila Sésamo e do Nickelodeon, além de conjuntos da Barbie e Tanner e figuras do Batman, também passaram por recall.

Independentemente de haver o registro de defeitos, os especialistas alertam que os pais e responsáveis devem sempre ficar de olhos bem abertos à embalagem dos brinquedos. De acordo com a coordenadora regional da Criança Segura, Alessandra Françóia, a primeira dica é verificar sempre se o produto traz o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). ?O selo indica que o produto é atóxico, que foi testado e que não vai se transformar em pedaços cortantes ao se quebrar?, observa Alessandra.

Quanto à faixa etária especificada na embalagem, a especialista diz que os pais devem ter bom senso. ?Nem sempre as indicações de faixa etária condizem com a realidade. Crianças da mesma idade passam fases diferentes. Os pais devem ver se o filho corre o risco de manipular e se machucar com tal produto?, orienta.

A vendedora de brinquedos de uma das maiores lojas de Curitiba, Amanda Sampaio, diz que tenta orientar o consumidor, mas muitas vezes ele recusa o conselho e até deixa o filho escolher por conta própria o que quer. ?Nós procuramos explicar que existe uma orientação de faixa etária. Alguns até já chegam na loja procurando isso. Mas outros dizem que tal brinquedo não serve para seu filho e acabam levando mesmo que não seja para a idade certa. Há pais que se preocupam mais, pedem produtos que não tenham peças pequenas?, explica.

A cliente da loja Doroty Kluska, mãe da pequena Yasmin, de três anos, segue à risca as orientações dos profissionais. ?Sempre olho o que diz a embalagem e nunca compro em qualquer lugar. Prefiro pagar mais caro e ter garantia de segurança?, comenta. Porém, Alessandra diz que nem sempre comprar em grandes redes é sinônimo de tranqüilidade para os pais. ?Já aconteceram várias apreensões de brinquedos com selos do Inmetro falsificados?, conta. No página na internet do Procon-PR, o consumidor encontra informações sobre segurança com brinquedos. O site é www.pr.gov.br/proconpr. O link com as informações é ?publicações?.

Voltar ao topo