Relatório alternativo da balneabilidade em Guaratuba, divulgado ontem pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), confirma os boletins semanais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). Dos dez pontos analisados pela UFPR no último dia 5, três são impróprios para banho. Segundo o relatório feito pelo IAP no mesmo dia, de 14 pontos analisados, quatro não eram próprios. A Prefeitura contesta a maneira como os relatórios do IAP são divulgados, pois em alguns trechos analisados apenas poucos metros estariam contaminados.
O presidente do IAP, Rasca Rodrigues, afirma ainda não ter tido acesso a essa nova pesquisa, mas diz que os relatórios só podem ser comparados se forem feitos no mesmo dia, no mesmo local e sob as mesmas condições. "Não só a Prefeitura ou a universidade podem coletar e divulgar os resultados, qualquer cidadão pode fazê-lo. Porém, a responsabilidade legal é somente do IAP. A nossa coleta e nosso processo são corretos, não temos o que esconder", diz.
Segundo Rasca, tanta polêmica sobre os relatórios não procede. "Não sei se o que prejudica é o relatório ou a forma como é abordado. Há 16 anos fazemos isso e a balneabilidade não é culpa do IAP e sim da sociedade que não faz as adequações necessárias à rede de esgoto. Colocamos o dedo na ferida para melhorar", conclui Rasca.