PUC começa cultivar células em laboratório

O Laboratório de Engenharia e Transplante Celular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em parceria com o Governo do Estado do Paraná, começa a cultivar células e tecidos que visem beneficiar pessoas portadoras de enfermidades graves. Estão em desenvolvimento três projetos: Transplantes de Células Humanas Produtoras de Insulina, Cardiomioplastia Celular, Enxertos Cardiovasculares. “Toda essa atividade e concentração de cientistas não atingiria seu objetivo final, o ser humano, se não obtivéssemos ajuda financeira para a aquisição de aparelhos e reagentes que darão vida e eficiência a esse laboratório”, afirma o médico Alberto Accioly Veiga, decano do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da PUC.

No ano passado, Veiga buscou apoio junto à Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná. “Tivemos a oportunidade de expor os planos em andamento”, relatou o professor Veiga. “Obtivemos recursos para um dos projetos e a esperança para os demais.”

Ao inaugurar esse sofisticado laboratório, o professor Alberto Veiga, vê desdobramentos que poderão advir não somente para essas três linhas propostas inicialmente, mas, o agregar de novas linhas, invadindo os mecanismos íntimos que regulam a reprodução celular e o mistério da sua diferenciação em “células de trabalho” a partir de genitores “de reserva”, as chamadas células-tronco.

Segundo Veiga, qualquer animal que já tenha existido ou exista no planeta, um dinossauro, uma baleia azul de 120 toneladas, um elefante, para citar os maiores, todos, sem exceção, no início de suas vidas, eram constituídos por uma única e microscópica célula. “Uma célula que alberga todas as informações necessárias para, em momento preciso, ativar a construção de moléculas que vão atuar nas células filhas, promovendo sua diferenciação em uma prole muito diferente entre si, construindo os diversos tecidos que compõem os seres e seus órgãos, com forma, tamanho e funções absolutamente específicas”, esclareceu o professor.

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