Um protesto dos servidores municipais de saúde que estão em greve tumultuou o trânsito no centro de Curitiba, na manhã desta quarta-feira (7). Os manifestantes saíram da Secretaria Municipal de Saúde, na esquina da Avenida Sete de Setembro com a Rua Francisco Torres.
Caminharam pela Rua Mariano Torres e pela Rua João Gualberto, até o Edifício Delta, que reúne várias secretarias municipais, entre elas a de Recursos Humanos. Faixas destas vias foram bloqueadas pela Diretoria de Trânsito (Diretran) por conta do protesto.
Cerca de 1,2 mil servidores estão em greve há três dias porque não foram contemplados em um projeto de lei para mudar a jornada de trabalho de categorias relacionadas à saúde.
Um projeto enviado para a Câmara Municipal altera a jornada de trabalho, para 30 horas semanais, de cinco categorias: auxiliar de enfermagem, técnico de enfermagem, enfermeiro, técnico de higiene bucal e auxiliar de consutório dentário.
Outros servidores da Saúde do município, incluindo psicólogos, nutricionistas, técnicos de laboratório e agentes administrativos lotados na secretaria, também querem a mudança na jornada de trabalho, com a proposta em um outro projeto de lei.
Segundo Alessandra de Oliveira, diretora do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), a adesão entre os servidores é maciça e a intenção do protesto desta quarta-feira era pressionar a Secretaria Municipal de Recursos Humanos.
Os servidores que não estão no projeto de lei já apresentado pelo Executivo não concordam com a data de 2 de fevereiro, determinada no mês passado, em uma reunião entre Sismuc e a Prefeitura de Curitiba, para começar a discutir a redução da jornada de trabalho.
A discussão aconteceria após a negociação sobre o vencimento básico dos servidores, que está sendo tratada em uma comissão que vem se reunindo semanalmente.
Os servidores querem que a jornada de trabalho seja implantada imediamente, enquanto a Prefeitura informa que a prioridade neste momento é o vencimento básico.
Além disto, o Sismuc está pleiteando a redução da jornada de trabalho para cargos que também aparecem em outras secretarias, o que geraria conflito, segundo a administração municipal.