Protesto contra obra inacabada fecha BR-116

Moradores do Tatuquara, em Curitiba, realizaram ontem um novo protesto com o objetivo de reivindicar a retomada das obras de reforma e ampliação do Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay, localizado na Rua Francisco Xavier de Oliveira. Elas estão paradas desde abril do ano passado, quando parte da estrutura da escola foi demolida. Os pais reclamam que parte dos alunos precisam percorrer um trajeto perigoso para estudar em outra escola.

Das 9h às 10h, pais de alunos fecharam o trânsito da BR-116, a cerca de um quilômetro e meio da Ceasa (Central de Abastecimento do Paraná). Os manifestantes queimaram pneus e provocaram engarrafamentos de cerca de dez quilômetros nos dois sentidos da estrada.

"Queremos que as obras sejam concluídas e nossas crianças possam voltar a estudar na instituição", explica o desempregado Silmar Miranda de Souza, que tem um sobrinho matriculado na quarta e um primo matriculado na quinta série do Beatriz Faria. Quando houve a demolição, parte dos estudantes foi provisoriamente transferida para a Escola Municipal Leonel Brizola, no Jardim da Ordem, tendo que percorrer um longo caminho até o local, numa região de matagal.

"A escola municipal cedeu parte de sua estrutura para que os alunos do Beatriz Faria pudessem estudar. Há cerca de um mês, uma menina de 15 anos foi estuprada quando se dirigia à escola. Além disso, diversos estudantes foram assaltados", conta Silmar.

Segundo o diretor técnico da Fundação Educacional do Paraná (Fundepar), João Valdemar Abrahão, a obra foi paralisada porque a empresa que venceu a licitação não cumpriu o contrato e a Fundepar pediu a rescisão. Como a decisão foi tomada de modo unilateral, a empresa está recorrendo. Só depois disso poderá ser feita nova licitação para o término da obra. Segundo João, só no início do ano letivo de 2007 os alunos devem retornar para a escola. Para amenizar o problema enfrentado pela população, a Secretaria Estadual de Educação estuda a possibilidade de alugar um prédio perto do colégio ou fazer o transporte dos alunos de ônibus até a outra escola. A decisão deve sair esta semana. (Colaborou Elizangela Wroniski)

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