Proprietários de vans cobram fiscalização

Para fugir das punições e restrições impostas aos proprietários de vans que realizam transporte escolar e de turismo em Ponta Grossa, a maioria deles burla a lei e trabalha clandestinamente. A denúncia é feita pela Associação de Transporte Escolar e Turismo de Ponta Grossa, que realizou ontem à tarde uma reunião na Câmara Municipal. Na presença dos vereadores, os legalizados pediram mais fiscalização e a criação de um mecanismo que facilite o trabalho de quem está regular.

Segundo a presidente da associação, Cleuci Gomes Marinho, além dos proprietários registrados terem que enfrentar a concorrência, só eles são punidos em muitos casos. Das 400 vans que circulam pela cidade, estima-se que apenas 150 são regulamentadas. ?Nós somos punidos em várias situações e eles, que têm placa branca, de carros comuns, não são.?

A associação entregou aos vereadores uma série de solicitações para facilitação do trabalho no transporte escolar e de turismo. A primeira delas vai contra uma lei federal, que prevê a aplicação de uma faixa amarela de 40 centímetros de largura. ?Essa lei deve ser revista, porque na maioria das vans, o espaço para colocá-la é de 35 centímetros?, diz Cleuci.

Porém, fora da esfera federal, que exige discussão em Brasília, a associação pede algumas facilidades, como a criação de estacionamentos especiais para as vans em frente às escolas. ?Muitas vezes temos que parar em fila dupla e as multas são inevitáveis. Temos que ter um espaço para estacionar e deixar os passageiros descerem em segurança.? Outro pedido é a isenção das vans do pagamento da chamada faixa azul, o estacionamento pago das ruas de Ponta Grossa.

Na luta pelas mudanças, os transportadores têm o apoio do vereador Gerveson Tramontin, que está articulando os companheiros para atender às solicitações e melhorar as condições de trabalho. Segundo a assessoria de imprensa da Casa, ele já está organizando um documento que será enviado a Brasília, sobre o pedido de redução das faixas, já que se trata de uma lei federal. As demais solicitações serão debatidas com o poder público local.

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