Professores municipais pedem reajuste salarial

Os professores e servidores da rede municipal paralisam suas atividades e fazem uma manifestação amanhã, em frente à Prefeitura de Curitiba. Eles reivindicam reajuste salarial, retroativo à data-base de 31 de março, de 5,91%, além de um plano que garanta a reposição das perdas de 20,91% que ocorreram no governo anterior. A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Curitba (Sismuc), Marilena Silva, espera que haja uma boa adesão ao movimento. "Estimamos que cerca de mil pessoas vão participar da passeata", diz.

Os manifestantes irão se concentrar na Praça Santos Andrade pela manhã e irão seguir em passeata até a Prefeitura. Marilena espera que o prefeito Beto Richa receba a comissão de negociação, composta por seis membros do Sismuc e seis do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac). "Queremos de imediato a reposição de 5,91% e um plano para que gradativamente seja reposto também os mais de 20% de defasagem salarial."

Além de questões salariais, os servidores e professores reivindicam uma pauta com mais de 20 itens, que incluem melhores condições de trabalho e a substituição das marmitas oferecidas pela Prefeitura por auxílio-alimentação. "Assim os servidores podem fazer suas opções." Segundo Marilena, na hora do almoço de sexta-feira, os manifestantes irão comer marmitas em ato de protesto.

Proposta

A Prefeitura propõe um reajuste de 6%, o que cobre integralmente a inflação dos último dos 12 meses, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE. O reajuste seria feito em duas parcelas, uma de 3% em julho, outra de mesmo índice em dezembro. A intenção dos servidores, segundo a presidente do Sismuc, é que com o protesto, a Prefeitura volte atrás e considere as reivindicações de professores e servidores.

Segundo o secretário municipal de Finanças, Luiz Eduardo Sebastiani, o reajuste proposto pela Prefeitura gerará acréscimo anual de R$ 21 milhões na folha de pagamento, fazendo com que a despesa com pessoal passe de R$ 665,7 milhões para R$ 686,7 milhões ao ano.

Conforme a Prefeitura, no orçamento de 2005, a administração anterior não reservou dinheiro suficiente para cobrir o reajuste de salários dos servidores e será preciso remanejar recursos para garantir a reposição. Sebastiani diz que será preciso cancelar ações previstas para outras áreas, inclusive obras, a fim de que se possa complementar o orçamento para a despesa de pessoal e garantir o reajuste proposto.

A situação de insuficiência de recursos, segundo o secretário, decorre do fato de que a Prefeitura tem de assimilar o impacto do aumento na contribuição patronal para o sistema de previdência dos servidores.

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