Professores estaduais querem pressa em negociação

Uma reunião hoje, em Cascavel, vai continuar o debate do Plano de Cargos e Salários (PCS) dos professores das universidades estaduais. De acordo com representantes dos sindicatos da categoria, a intenção dos docentes é partir com urgência para a negociação dos reajustes salariais.

O encontro é o sexto do grupo de trabalho formado pelo governo do Paraná para discutir o assunto. Segundo o presidente do Sindicato de Docentes da Unioeste (Adunioeste), Luiz Fernando Reis, a intenção dos professores é que essa seja a ?última ou a penúltima? reunião do grupo. ?Há consenso nas questões relacionadas à carreira. Queremos agora partir para as discussões da malha salarial?, afirmou.

De acordo com ele, os salários da categoria nas universidades estaduais estão defasados. ?Hoje, um professor recém-admitido ganha R$ 1 mil contra R$ 1,9 mil de um técnico de nível superior trabalhando na mesma instituição?.

O ritmo das discussões é outro ponto que vem desagradando os sindicalistas. ?Queremos finalizar logo a questão da carreira e partir para os reajustes. Desde o início do ano, colocamos que a questão era urgente?, disse a presidente do Sindicato dos Professores de Londrina (Sindiprol), Inez Almeida. Segundo ela, o governo tem que apresentar uma proposta concreta aos docentes. ?O governo do Estado está tentando protelar o quanto pode essa discussão dos reajustes?, acrescentou a presidente do Sindicato dos Professores da Unicentro (Adunicentro), Denny Willian da Silva.

A Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Seti) divulgou, através da assessoria de imprensa, que o encontro faz parte das negociações com os professores, mas não vai servir como definição para as discussões.

Greve

Todos os sindicatos marcaram assembléias para o dia 23 de outubro a fim de avaliar a negociação com o governo. Apesar de não ter sido descartada pelos outros sindicatos, a possibilidade de greve é mais forte no Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar). O secretário-geral, Sidinei Silvério da Silva, indicou que a entidade está em estado de ?assembléia permanente?. ?A greve é uma possibilidade forte. O pessoal está bem descontente. Grande parte dos docentes sente que o governo está nos enrolando com o grupo de trabalho?.

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