Professores de Curitiba recebem capacitação anual

Especialistas em educação vão estar em Curitiba ministrando palestras para os 13 mil professores e educadores da rede municipal de ensino. Eles estão participando da Semana Pedagógica de Estudos, que garante aos profissionais da educação uma capacitação anual mínima de 20 horas. Ontem, uma das palestras foi proferida pelo mestre em educação Marcos Meier. Ele falou sobre ?A afetividade na educação?.

Segundo o diretor do Departamento de Tecnologia e Difusão Educacional, da Secretaria Municipal de Educação, Ricardo Antunes de Sá, existe uma lei municipal que garante aos professores uma capacitação mínima anual de 20 horas. Mas além da Semana de Estudos Pedagógicos também são oferecidos outros cursos e os professores podem aumentar essa carga horária.

Este ano os professores foram divididos por núcleos e a cada dois dias uma regional vai passar pela capacitação, completando 8 horas. As demais vão ser preenchidas com palestrantes escolhidos pelas escolas, conforme a necessidade e realidade de cada uma e vão acontecer ao longo do ano. Os encontros começaram ontem e vão durar até o dia 7 de julho.

O mestre em educação Marcos Meier falou para professores da educação infantil da Regional do Portão. Segundo o professor, a afetividade e o desenvolvimento emocional estão diretamente ligados ao potencial de aprendizagem do aluno. Cabe ao professor e aos pais desenvolverem a maturidade emocional das crianças, principalmente nos primeiros anos de vida.

Um dos aspectos que devem ser trabalhados é o adiamento da satisfação do prazer. Se o sentimento não for controlado, toda vez que a criança enxergar algo que goste de fazer vai deixar de lado os estudos e vai brincar. A rotina é uma das grandes aliadas nessas situações. ?Os professores devem estabelecer uma hora certa para cada atividade, claro que com uma certa liberdade?, explica.

Outro aspecto que deve ser desenvolvido é a resistência à frustração. ?É importante as crianças ouvirem o não e se decepcionarem com as coisas?, revela. Ele explica que os pequenos podem aprender isso vivenciando as situações comuns do dia-a-dia. Um exemplo seria não deixar que comam o lanche fora da hora.

Marcos comenta que o terceiro aspecto se refere ao desenvolvimento da autonomia. Para ele, os professores não devem entregar as informações de mão beijada. ?Devem provocar e incentivar as descobertas de cada um?, recomenda. As crianças e adolescentes também devem receber uma atenção especial. Muitas vezes apresentam dificuldades de aprendizagem porque não apresentam a maturidade emocional ideal para a idade.

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